Missão cumprida.

O Sporting de Braga venceu o Spartak de Moscovo e não sofreu golos. Tal como Sá Pinto havia pedido na véspera. O resultado traduz a supremacia bracarense que até podia ter feito mais golos, mas esconde, ao mesmo tempo, uma primeira parte aquém.

Simeone defende que as primeiras mãos dos jogos a eliminar são sempre mais abertas que as segundas. Faz sentido, visto que o resultado do primeiro jogo influencia a abordagem ao segundo. Porém, em Braga assistiu-se a uma primeira parte fechada, sem grandes oportunidades de golo.

Pode, inclusive, dizer-se que em determinados momentos foi um longo bocejo. Os primeiros dez minutos passaram devagar. Muitas perdas de bola e faltas, ritmo de jogo relativamente baixo.

O primeiro sinal junto de uma das balizas pertenceu a um alemão. Schurrle cobrou por cima um livre em posição frontal. Os bracarenses melhoraram ligeiramente a partir do disparo do internacional germânico e criaram a melhor oportunidade de toda a primeira parte. Palhinha desviou o livre de Sequeira, mas Maksimenko esticou-se todo e impediu o 1-0.

O Spartak trazia a lição bem estudada. Tinha quase sempre superioridade nos corredores laterias, bloqueando o jogo exterior da equipa de Sá Pinto. Além disso, o meio-campo bracarense não conseguiu ser o porto de abrigo da equipa, especialmente Fransérgio.

FICHA E FILME DE JOGO

O jogo abriu depois da meia hora. Ponce viu Matheus fazer uma defesa assombrosa antes do lance ser anulado por posição irregular e, logo de seguida, Bakaev rematou à figura de Matheus. Com mais espaço para jogar, o Sporting de Braga também chegou à baliza contrária. Fransérgio – exibição muito aquém - cabeceou ao lado após canto.

O intervalo não chegou sem que Ponce ficasse a centímetros do golo. Contudo, a segunda parte foi diferente, sobretudo pelo crescimento do Sporting de Braga. Os minhotos mostraram que são superiores ao Spartak e que tem condições para vencer a eliminatória. Os vinte minutos finais foram, aliás, de nível europeu.

O Spartak simplesmente não conseguia sair. Era, por isso, o momento dos bracarenses partirem para cima do oponente. Após um belo desenho ofensivo, Ricardo Horta – com um pouco de sorte, diga-se - quebrou a resistência russa e deixou o Sp. Braga na frente do marcador e da eliminatória.

A partir daí assistiu-se a uma mão cheia de oportunidades, quase em catadupa. Faltou, todavia, maior acerto a Novais – quase fez um golaço – e a Paulinho (bastante apagado).

Destaques da partida

O Sporting de Braga foi guerreiro no final, porque o Spartak assim obrigou. Os russos encostaram os bracarenses atrás, mas apenas lograram uma oportunidade para marcar. Matheus voou e negou o cabeceamento certeiro de Ponce. O empate não seria justo, sublinhe-se.

A vantagem para a viagem à Rússia é mínima, mas a qualidade do plantel do Sporting de Braga permite sonhar com a fase de grupos da Liga Europa e esquecer, por fim, a eliminação precoce do ano anterior.