Jogo ingrato para o Vitória. Depois de perder em Liège os pupilos de Ivo Vieira voltaram a ser derrotados na receção ao Eintract Frankfurt (0-1), caindo para o último lugar do Grupo F da Liga Europa. É uma realidade: os vimaranenses não somaram qualquer ponto e ainda não marcaram nenhum golo na fase de grupos da prova, mas tal como o resultado desta noite são dados enganadores.

O V. Guimarães ombreou com o Eintracht e chegou a superiorizar-se com o trabalho de peões perante as torres germânicas, mas num lance de bola parada o emblema alemão chegou ao golo e amealhou os três pontos com mais felicidade do que principalmente engenho, a felicidade que faltou na área oposta.

Com mais portugueses no onze do que o V. Guimarães, o Eintracht de André Silva e Gonçalo Paciência demonstrou ser uma equipa robusta fisicamente mas esteve longe de deslumbrar e num tabuleiro de xadrez com peças de menor capacidade o Vitória deu boa conta de si, mas não tirou qualquer dividendo.

Bola parada a favor das torres

Eletrizante. Talvez contagiado pelos incidentes nas bancadas instantes antes do apito inicial, o início do jogo foi eletrizante. Intensidade máxima com as equipas a abrirem várias brechas, ao ponto de se registar um lance de relativo perigo junto a cada uma das balizas. Marcus Edwards perdeu tempo de remate no lado do Vitória, André Silva rematou por cima e não aproveitou um brinde de Tapsoba.

Com os ânimos mais calmos, o jogo ficou equilibrado e o conjunto português com os seus peões conseguiu fazer frente às torres alemãs. Robustos e com intensidade de sobra, a equipa do Eintracht esteve sempre muito forte nos duelos, como seria de esperar, mas o Vitória foi equilibrando com critério.

Foi esse critério que permitiu à equipa de Ivo Vieira ser o conjunto mais perigoso na primeira metade. Bonatini deu o primeiro transportou para o relvado as palavras de Ivo Vieira e marcou a presença do Vitória no que à intenção e lutar pelo resultado diz respeito. O brasileiro concluiu uma boa jogada de envolvência atacante com um remate ao ferro pouco depois do primeiro quarto de hora.

A instantes do intervalo foi Davidson a cabecear para a baliza, valendo o capitão dos germânicos, Gelson Fernandes, a evitar o golo. Oportunidades claras traídas por um golo de bola parada. Na sequência de um canto o Eintracht colocou-se na frente do marcador com um desvio de N’Dicka no interior da pequena área.

Descrédito dos peões

A correr atrás do prejuízo, o V. Guimarães deu mais uma demonstração de capacidade ao superiorizar-se perante um dos semifinalistas da época passada. Reapareceu bem a equipa do Vitória, ameaçou o golo mas ia falhando sempre um qualquer pormenor.

Em mais um lance de envolvência ofensiva Lucas Evangelista colocou a bola no segundo posta para Edwards encostar, mas apareceu N’Dicka a fazer o corte, uma vez mais em cima da linha de golo. Balanceado para o ataque, o Vitória foi perdendo gás a meias com o descrédito provocado pela falta de aproveitamento das oportunidades que dispôs.

Aproveitou para equilibrar os pratos da balança o Eintracht, valendo Miguel Silva a manter o Vitória ligado ao jogo. Segurou por duas ocasiões a vantagem mínima o guarda-redes do Vitória com intervenções de grande nível.

O resultado não se alterou, triunfo pela margem mínima dos alemães, valendo o golo de N’Dicka a fazer a diferença. Um lance de bola parada definiu o jogo a favor do Eintracht frente a um Vitória que, pelo que fez, merecia mais.

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