Bola em Bruno Alves, depois para Lisandro López, mais à esquerda para Cissokho. Jesualdo Ferreira vai alterando as peças da engrenagem portista, combatendo o desgaste acumulado, mas o futebol azul e branco acaba sempre por desaguar nos pés de um avançado com nome de personagem de banda desenhada. Este Hulk é mesmo especial.
Ia, então, a bola pelo corredor esquerdo, conduzida por Cissokho, quando surge aquele chamamento. Hulk andava por ali, em movimentação constante. Dá-se o encontro cada vez mais natural e tudo muda num instante. O brasileiro recebe com o direito, toca com o esquerdo num gesto intuitivo e já só vê baliza. Nem escolhe o lado. Arma o pontapé e aponta para o centro. Se o remate sair como quer, não há guarda-redes que o pare.
Valeu pela imagem. Com ligeiro desvio de um Ricardo em desespero, a bola balança violentamente as redes do Paços de Ferreira. Com 15 minutos de jogo, o F.C. Porto vai ganhando tranquilidade para assistir ao derby de Lisboa. Hulk viria a ampliar a sua marca registada na etapa complementar, conquistando um castigo máximo. Fica mais um aviso: convém aproveitar e aplaudir o talento puro, enquanto este continua por cá.