Rui Alves já anunciou que vai concorrer às próximas eleições da Liga e voltou a afirmá-lo esta quinta-feira à entrada da reunião da direcção do organismo que gere o futebol português. «Eu sou candidato às próximas eleições da presidência da Liga, não sei é quando isso será. A minha candidatura só pode anunciada pelo major». Em causa está, claro, a continuidade de Valentim Loureiro à frente dos destinos da Liga.
«Eu, no lugar dele, se quisesse continuar à frente da Liga, provoca eleições antecipadas e recandidatava-me». Até porque Valentim Loureiro continua a ser arguido no processo Apito Dourado, defendeu. «A caducidade das medidas de coação não quer dizer que, pelas mesmas razões, não venham a ser determinadas novamente. O que criaria uma situação muito ingrata no funcionamento da Liga».
Mas há outro problema na perspectiva de Rui Alves, os conflitos de relacionamento entre Valentim Loureiro e Cunha Leal. «Acho que a legitimidade do major não está em causa, mas acho também que neste momento coexistem dois poderes e nem se sabe qual deles hierarquicamente tem mais poder», referiu. «Os estatutos da Liga, criados e blindados por Guilherme Aguiar, tornam quase ingovernável esta casa e terminam com este triste espectáculo do presidente e do director executivo estarem permanentemente em conflito. Não podemos ter o futebol com os seus principais responsáveis de costas voltadas um para o outro».
Certo é que, mesmo que a reunião da direcção não venha a determinar um cenário de eleições antecipadas, Rui Alves não se demitirá da mesma direcção. «Eu gosto de estar por dentro, não me demito de nada».