O presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), Francisco Silveira Ramos, considerou esta sexta-feira que o alargamento de clubes da Liga deve ser «estudado com profundidade» uma vez que, no término da época, a decisão que «algumas entidades estão a tentar fazer torna-se inoportuna».

Silveira Ramos sublinhou, em declarações à «Lusa», que a alteração de 16 para 18 equipas deve ser estudada «com tempo, com profundidade, com condições garantidas da participação dos clubes nas competições e nada que se faça repentinamente, num final de época, com equipas, eventualmente, a terem a expetativa de beneficiar dessa condição de um modo abruto».

«Não temos nada contra o alargamento ou encurtamento. Achamos que as situações devem ser estudadas, admitimos que, eventualmente, até pode haver alargamento se forem criadas as condições de cumprimento dos clubes que têm de estar nas Ligas profissionais. Do ponto de vista desportivo, não temos nada contra isso», afirmou.

Sobre o voto de censura contra o presidente da Federação, Fernando Gomes, solicitado por sete delegados da Assembleia-Geral federativa por não concordarem com a reprovação do alargamento sem descidas na divisão, Silveira Ramos afirma que as questões ligadas aos calendários competitivos «não são matéria de decisão das AG da federação, são prerrogativa da direção».

O dirigente concluiu: «Naturalmente, a direção negociará com os parceiros, com os delegados, as melhores soluções. Mas as decisões são das direções da Liga e FPF e não passam diretamente pela AG.»