Os guerreiros foram espicaçados, deram a cambalhota ao marcador e ameaçara chegar-se à frente: ao quarto lugar. Depois de dominar grande parte do jogo frente a uma pantera provocante, levaram um balde de água fria a um minuto dos noventa. Empate (2-2) aguerrido na pedreira.

Num embate entre dois históricos do futebol português, o Sp. Braga mostrou mais uma vez a face de uma época intermitente em que apenas somou um triunfo nos quatro jogos disputados em casa até agora. Petar Musa foi o primeiro marcar, tirando uma reação enérgica ao Sp. Braga. Iuri e Horta igualaram a partida.

Mas em cima do minuto noventa duro golpe nas aspirações bracarenses. A pantera mostrou as garras, Yusupha aproveitou um momento de desconcentração arsenalista e selou o empate a duas bolas perante 7058 espectadores no Estádio Municipal de Braga.

Pantera espicaçou os guerreiros mas aguentou

Perante um Sp. Braga a querer recuperar caminho para os da frente, o Boavista apresentou-se na pedreira com personalidade, ciente de que em alguns momentos teria de se recolher no seu meio campo face ao poderio adversário, mas também consciente de que tinha as suas armas para criar mossa.

Nesse limbo a pantera espicaçou os guerreiros logo aos doze minutos, colocando-se na frente do marcador. Cruzamento de Sauer, na área Tormena aparentava ter o lance controlado, mas apenas amorteceu para o surgimento de Musa finalizar com sucesso. Um golo que incitou os bracarenses na corrida atrás do prejuízo.

Lançaram-se com tudo, obrigaram o Boavista a sofrer, a desorganizar-se a estar encostado à sua baliza. Iuri Medeiros fez o empate aos 25 minutos num lance em que o passe picado de Musrati fez a diferença, e os guerreiros continuaram a carregar em busca do segundo. Resistiu o Boavista, acabando o primeiro tempo com capacidade para respirar perante a acalmia bracarense.

Yusupha esperou pelo fim para anular Horta

Precisou apenas de sete minutos na segunda metade o Sp. Braga, para colocar novamente o marcador a funcionar. A entrada até nem foi de força extrema, mas foi calculista e sem a ansiedade que se notou noutros jogos.

O talento veio ao de cima, Yan Couto abriu uma brecha bela direita e serviu Ricardo Horta pelo corredor direito para o capitão marcar o seu golo, é o terceiro jogo consecutivo a marcar na pedreira, operando a cambalhota no marcador. Remate cruzado com as medidas certas a bater Alireza pela segunda vez.

O jogo ameaçou partir, a espaços quebrou mesmo, teve lucidez o Sp. Braga para não entrar em grandes aventuras. Segurou o jogo entre a segurança necessário e alguns rasgos, longe de ousados, a tentar um terceiro golo. Arrastou-se neste figurino até ao minuto 89 o jogo. Até que Yusupha gelou a pedreira, fazendo o segundo axadrezado com um remate colocado de fora da área.  

Empate com muito mais sabor para o Boavista. A pantera provocou, sofreu e acabou a sorrir. Cabisbaixo, o Sp. Braga voltou a perder pontos em casa, empatando pela segunda jornada consecutiva perante um Boavista que evoluiu para a quinta jornada sem vencer.