Empate em ritmo de final de temporada na pedreira. Sp. Braga e Paços de Ferreira igualaram-se no municipal bracarense, empatando a uma bola num jogo em que apenas a espaços a emotividade esteve presente. Só de bola parada as redes abanaram.

Os castores estiveram a vencer durante um largo período do encontro, adiantaram-se no marcador por intermédio de João Pedro na sequência de um pontapé de canto, e apenas de grande penalidade já na reta final do encontro o Sp. Braga conseguiu marcar. Erro incrível de Jordi a dar o empate aos guerreiros.

Continua o mau momento do Sp. Braga, que somou o terceiro jogo consecutivo sem vencer. Soma mais um ponto na caminhada europeia o Paços de Ferreira. Falta apenas o carimbo matemático para selar o quarto apuramento europeu da história dos castores.

Canto destoa em jogo de equilíbrios

No embate entre quarto e quinto classificados da Liga a componente tática e organizativa teve predominância na pedreira, com os dois conjuntos a encaixarem-se quase de forma perfeita, prevalecendo a estratégia à arte e engenho.

Coeso, o Paços de Ferreira esteve aguerrido e neutralizou por completo os arsenalistas, não permitindo que a equipa de Carlos Carvalhal se lançasse para o ataque como é costume. Em contraponto, mesmo num jogo sem grande ousadia, era mais convicta a equipa de Pepa.   

Os castores chegaram mesmo ao golo ainda na primeira metade, sendo um pontapé de canto a matriz do desequilíbrio. João Amaral bateu no lado direito e na área João Pedro foi mais forte no jogo aéreo, cabeceando para o fundo das redes.

O golo foi a meio da primeira parte, esperava-se uma reação da equipa da casa, mas a realidade é que o Sp. Braga não conseguiu opor-se à gestão do Paços, que teve sempre o jogo controlado. Carvalhal mexeu na equipa ao intervalo operando de uma assentada três substituições, isto depois de já no primeiro tempo ter mexido na equipa.

Castigo máximo dá empate

 O arsenal guerreiro para a segunda metade pouco ou nada acrescentou ao jogo, continuando a ser o Paços a ter o controlo do jogo. Teve mais bola o Sp. Braga, é certo, subiu uns metros no terreno de jogo, mas permaneceu o vazio de ideias e o controlo das movimentações dos castores.

Foi também menos ofensivo o Paços com este figurino. Ainda assim, teve nos pés de Eustáquio uma das oportunidades mais flagrantes do encontro. O médio foi à cara de Matheus, perdeu ângulo de remate atirou ligeiramente ao lado.   

Apenas de castigo máximo, quando o cronómetro já se aproximava do final, o Sp. Braga conseguiu quebrar o jejum de 258 minutos sem marcar. Jordi travou Galeno num lance disparatado, o brasileiro encarregou-se de empatar na transformação do penálti. Lance muito mal gerido por Jordi.

Os dez minutos finais foram os melhores do encontro. Lances de perigo, finalmente, nas duas áreas, duas equipas insatisfeitas com o resultado e uma mostra real do que as duas equipas valem. Não mexeu o marcador. Empate a uma bola em ritmo de final de época.