Terminou em igualdade um jogo de reencontros. Ricardo Soares regressou à casa de onde saiu para o Gil Vicente e César Peixoto reencontrou os galos, clube que capitaneou enquanto jogador. Os de Barcelos marcaram dois golos, mas um deles foi na própria baliza, acabando por ter de dividir os pontos com os cónegos.

As duas equipas entravam para este encontro em igualdade pontual, mas a atravessar momentos amímicos diferentes. César Peixoto ainda não conseguiu vencer para o campeonato desde que chegou a Moreira de Cónegos - derrota em Alvalade e com o Paços de Ferreira a meio da semana -, salvando-se o triunfo para a Taça de Portugal, frente ao modesto Merelinense.

Já os galos, depois de oito jornadas sem conquistar os três pontos, venceu no primeiro jogo de Ricardo Soares para a Liga – também tinha passado a eliminatória da prova rainha frente ao Oleiros – frente ao Rio Ave, saindo da zona de despromoção. No regresso à casa onde iniciou o campeonato, o técnico gilista manteve o mesmo onze que havia batido a formação vilacondense.

Já o treinador do Moreirense, com menos tempo de descanso que o adversário, mudou quatro peças no xadrez verde e branco em relação ao jogo com os pacenses. Saíram Ferraresi, Franco, Alex Soares e Walterson e entraram Steve Vitória, David Tavares, Ibrahima e Filipe Soares. No entanto, bem cedo se percebeu que a formação visitante estava melhor.

Os galos entraram com uma equipa mais compacta, agressiva a pressionar o adversário, provocando muitas perdas de bola dos cónegos e não os deixando criar jogo. A formação barcelense, que se apresentou num 4x3x3, defende num 4x4x2, sendo um dos médios a fazer pressão juntamente com o avançado.

Ainda assim, apesar de ter maior domínio, os gilistas eram pouco pragmáticos na hora de alvejar a baliza de Mateus Pasinato. Das duas vezes em que Samuel Lino conseguiu libertar-se na esquerda, o cruzamento saiu curto e foi facilmente resolvido pela defesa cónega. Já a turna anfitriã precisou de 36 minutos para alvejar pela primeira vez a baliza à guarda de Denis.

Ao intervalo, César Peixoto tirou o amarelado Ibrahima e colocou Franco no seu lugar. Já Ricardo Soares esperou cinco minutos do segundo tempo para tirar o apagado Renan, entrando Leauty. Mas continuaram a ser os de Barcelos a equipa mais perigosa, acabando por chegar ao golo aos 60’. Após canto, Lucas Mineiro ganha nas alturas e cabeceia para defesa de Pasinato. Na recarga, apareceu o capitão Ruben Fernandes a encostar para golo. Depois de ter assinalado fora de jogo, o VAR acabou por validar o golo gilista.

O treinador do Moreirense não gostava do que via e fez três alterações de uma assentada. Os locais começaram a ter mais bola, mas a partida parecia controlada pelos galos. O encontro ia aproximando-se do fim e os da casa continuavam sem criar perigo. Contudo, acabaram por chegar ao empate. Num pontapé de canto, Denis tenta socar uma bola para afastar da pequena área e acaba por a meter dentro da própria baliza. Infelicidade do guardião brasileiro para gáudio dos cónegos. Até ao final, as duas equipas, muito com o coração e pouco com a cabeça, tentaram chegar à vitória, porém o empate persistiu. Sabor amargo para os galos, depois de dominarem quase toda a partida.