O Estoril teve problemas nas costas, e foi isso que acabou por desequilibrar o marcador, no duelo com o Benfica.

O resultado final (3-1) é pesado para a equipa de Ivo Vieira e sugere um ligeiro conforto para a formação de Rui Vitória que, na verdade, só se verificou na fase inicial do encontro. Mas isso acabou por vincar uma diferença que o Benfica acabou por saber gerir.

O Estoril arriscou, ao apresentar-se na Luz com uma linha defensiva bastante subida, o que pesou bastante na vantagem de dois golos que o Benfica alcançou em menos de 20 minutos.

A equipa de Ivo Vieira não teve as costas suficientemente largas para suportar esta estratégia, e mesmo sem grande discernimento o Benfica tirou proveito desse espaço, já que até o mais improvisado dos passes criava problemas à defensiva visitante.

Se no primeiro golo foi a velocidade de Cervi a fazer a diferença, com Salvio a finalizar ao segundo poste (13m), depois foi o argentino a fugir pela direita e a oferecer o golo a Jonas (18m), num lance em que ficam dúvidas quanto a um eventual fora de jogo do camisola 18.

O Estoril reagiu depois, liderado por Lucas Evangelista. O internacional sub-20 brasileiro começou por obrigar Bruno Varela a duas defesas apertadas (35 e 36m), e mesmo à beira do intervalo tirou o cruzamento para o golo de Kléber (45m).

O cabeceamento do capitão deu força ao Estoril, que entrou para a segunda parte a procurar o empate, sempre com Lucas Evangelista em destaque. Bruno Varela assinou a defesa da noite para negar um golo ao brasileiro logo ao minuto 46, na sequência de um remate que ainda desvia em André Almeida.

O 17 do Estoril ainda tentou de livre direto, mas o Benfica valeu-se da eficácia. Demorou a despertar do descanso, mas ao minuto 60 fez o 3-1, por intermédio de Krovinovic.

Uma diferença pesada para a réplica que o Estoril deu, até porque a equipa de Ivo Vieira ainda festejou um segundo golo que foi anulado por João Pinheiro. Após recurso ao VAR, o árbitro indicou que Kléber tinha ajeitado a bola com o braço.

O Estoril lutou até ao fim, com o Benfica à espreita do contra-ataque, de forma precipitada, mas a verdadeira diferença entre as duas equipas acabou por ficar vincada naqueles vinte minutos iniciais.