A FIGURA: CLÁUDIO RAMOS

A jogar contra dez e a precisar desesperadamente de pontuar em Alvalade, o Tondela subiu as linhas, mas ficou igualmente exposto aos contra-ataques da equipa da casa. Cláudio Ramos negou por duas vezes o 2-0, primeiro a Bruno Fernandes e depois a Mathieu. Aos 86 minutos voltou a negar o golo ao Sporting a remate de Luiz Phellype. Se o Tondela descer, é forte candidato a continuar na Liga e numa equipa que não ande constantemente com a corda na garganta.

 

O MOMENTO: Cláudio Ramos nega capitulação do Tondela

Minuto 66. Na sequência de um contra-ataque Mathieu recebe ao segundo poste de Raphinha e remata de primeira. Cláudio Ramos enche a baliza e trava o remate à queima-roupa. No minuto seguinte, o Tondela chega ao empate e leva para casa um ponto que poderá ser decisivo na luta pela permanência.

 

OUTROS DESTAQUES

Raphinha: tirou um par de cruzamentos teleguiados. Dois deles, ambos na segunda parte, caíram redondinhos nos pés de Bruno Fernandes e de Mathieu, que apareceram soltos de marcação ao segundo poste, mas Cláudio Ramos negou-lhes as intenções. Faltou-lhe por vezes algum discernimentos nas ações individuais.

Bruno Fernandes: é incontornável. O médio internacional português é protagonista jogo atrás de jogo. Chegou aos 20 golos na Liga e colocou-se a um remate certeiro do suíço Haris Seferovic, que lidera a lista dos goleadores. Sempre que a bola lhe chega com espaço, Alvalade empolga-se à espera de um remate do meio da rua ou de um passe a rasgar as defesas contrárias, tal é a noção que tem dos espaços ocupados pelos companheiros. Foi neste sábado e quase sempre nas 16 rondas anteriores.

Ristovski: estava a ser dos elementos mais desequilibradores do Sporting quando recebeu ordem de expulsão após pisadela em Delgado aos 37 minutos. Enquanto esteve em campo, envolveu-se muito nas ações ofensivas, com chegadas constantes a zonas de cruzamento. Esteve no lance que originou o penálti convertido por Bruno Fernandes nos minutos iniciais.

Tomané: esteve perto do golo numa altura em que Alvalade ainda entoava «O Mundo Sabe Que». Lutou, exigiu mais dos companheiros e marcou aos 67 minutos na sequência de um canto batido por Xavier.

Xavier: entrou para os segundos 45 minutos e bateu o canto que esteve na origem do golo de Tomané. Já perto do apito final, bateu um livre ao qual Renan se opôs com uma defesa brilhante junto ao poste esquerdo.