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Paulo Fonseca introduziu três alterações no onze relativamente ao conjunto que há 15 dias goleou o Boavista na pedreira. O técnico dos arsenalistas lançou Alan e Rui Fonte para o ataque à equipa da linha. Com um 4x4x2 que se transformava num 4x2x4 nas transições ofensivas, os bracarenses entraram a todo o gás no jogo, com 30 minutos iniciais de grande intensidade.
Não foi fácil para os canarinhos resistir ao assédio inicial do Sp. Braga. Muito móveis lá na frente e com os laterais a incorporarem-se bem na manobra ofensiva, os minhotos podiam ter chegado ao final do primeiro tempo não só em vantagem numérica mas até com um cheque-mate sobre o jogo.
O Estoril mal tinha tempo para lamber as feridas causadas pelos raides dos arsenalistas pela esquerda, pela direita e pelo meio. Diz o ditado popular que o que não nos mata torna-nos mais fortes. E o Sp. Braga não foi capaz de o fazer quando estava (muito) por cima. Esbarrava em Kieszek (Fonte aos 13’) ou no poste, numa cabeçada de Crislan à passagem da meia-hora.
Por essa altura, os homens de Fabiano Soares já conseguiam respirar e, ainda que timidamente, chegavam à área adversária embalados pela irreverência de Gerso. Mas nada capaz de causar grande mossa.
O descanso chegou com um nulo e um grande alívio para os estorilistas, que foram sobrevivendo, diga-se em abono da verdade, mais por sorte do que propriamente por competência defensiva.
Normalmente, quem tanto falha corre sérios riscos de acabar com um amargo sabor na boca. E o Sp. Braga pôs-se a jeito. Porque jogos aparentemente controlados não são mais do que isso. Simples aparências.
E depois há os azares. As imprudências, como aquela que teve Mauro aos 51 minutos, ao ver o segundo cartão amarelo poucos minutos depois do primeiro.
Era o boost de confiança que a equipa da Amoreira precisava. A jogar com menos um, Paulo Fonseca mexeu. Tirou Rui Fonte e lançou Vukcevic para estancar o rombo causado pela expulsão de Mauro.
Sem grandes resultados.
O Estoril ganhava metros e começava a ameaçar o último reduto dos minhotos. Aos 69’ Léo Bonatini encheu o pé e disparou um míssil do meio da rua sem hipóteses para Kritciuk.
A partir de agora cabía aos bracarenses assumir as despesas do jogo. Mas fazê-lo com menos um e quando o tempo começa a escassear torna-se mais complicado.
Pior do que isso só mesmo quando se começa a jogar com menos dois. E foi mesmo isso que aconteceu. Boly foi imprudente numa disputa de bola e acabou por varrer Babanco. Artur Soares Dias expulsou o central do Sp. Braga com vermelho direto quando ainda faltavam dez minutos para jogar.
Foi o final das aspirações do Sp. Braga, que acabou por sair derrotado na Amoreira perante um Estoril que sobreviveu a um início de jogo quase avassalador do conjunto adversário, mas de pólvora seca.
Até final, os homens de Fabiano Soares (que foi expulso a meio do primeira parte) até podiam ter dilatado a vantagem aproveitando a desorganização de um Sp. Braga que se autodestruiu e saiu da Amoreira de mãos a abanar.
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