Segundo triunfo consecutivo do V. Guimarães, entrada prometedora na Liga e um nome a despontar: Bernard Mensah. O médio ganês apontou dois dos golos com que conjunto de Rui Vitória venceu um Penafiel organizado, mas com pouco futebol. Ao ritmo de Bernard, este já é o melhor arranque dos últimos doze anos do V. Guimarães.

Ricardo Chéu não gostou do que o Penafiel fez na primeira jornada e, para além de mudar quatro jogadores na sua equipa, alterou também o sistema tático em relação à derrota caseira com o Belenenses da primeira jornada. A equipa rubro-negra apresentou-se na «cidade-berço» com um miolo reforçado por quatro médios em vez de três.

Rui Vitória, por sua vez, apostou na velha máxima que diz que «em equipa que ganha não se mexe» e manteve exatamente o mesmo onze que havia vencido na primeira jornada em Barcelos. Não mexeu no onze por opção, mas teve uma contrariedade pouco depois dos vinte minutos e viu Moreno sair em maca, entrando João Afonso no principal escalão do futebol português.

Bernard e Hernâni novamente em alta rotação

Com estados de espírito antagónicos, V.Guimarães e Penafiel subiram ao relvado com cuidados redobrados. Os miúdos vimaranenses apresentaram-se desconfiados na estreia no D. Afonso Henriques, enquanto o Penafiel apostou em apagar a má imagem da primeira jornada.

O calculismo dos dois conjuntos caiu por terra à passagem da meio hora quando Bernard inaugurou o marcador, batendo Coelho de cabeça. Ao livre superiormente cobrado por André André, o franzino ganês do V. Guimarães virou gigante na área e não deu hipóteses de defesa a Coelho.

Ganhava expressão o maior ascendente vitoriano, que aos ombros de Bernard e Hernâni, se acercava com maior acutilância da baliza contrária. Em desvantagem no marcador, o Penafiel sentiu-se obrigado a reagir e, da primeira vez que conseguiu um pontapé de canto, «arranjou» logo quatro seguidos. André Fortes bateu sempre para a confusão que estava montada na área e criou perigo para a baliza de Douglas.

Foi o V. Guimarães, contudo, a voltar a criar perigo ainda no primeiro tempo, numa jogada similar à que deu o golo. Desta vez, foi Defendi a cabecear, Coelho estava novamente batido, mas a bola bateu caprichosamente no travessão da baliza.

Novamente chapa três

O Penafiel teve o seu último fôlego no reatar do encontro ao protagonizar aquele que foi o seu lance de maior perigo no encontro. O médio Rafa, em boa posição, cabeceou ao lado e prometeu um Penafiel a lutar pelo resultado.

Muito pouco para este V. Guimarães. Bernard e Hernâni ainda tinham força para mais e, a exemplo do que aconteceu diante do Gil Vicente, os vimaranenses chegaram à chapa três no encontro. Bernard primeiro, e depois Tomané, corresponderam da melhor forma a cruzamentos venenosos de Hernâni e elevaram o marcador para as três bolas a zero, resultado final do encontro.

Foi um triunfo justo do V. Guimarães, que respira alegria: dois jogos, dois triunfos, seis golos marcados e apenas um sofrido dão a liderança provisória ao clube da «cidade-berço». A festa final dos 14.151 espetadores presentes é o espelho fiel das esperanças vitorianas desta época.

Em sentido contrário, o Penafiel está a ter um regresso negro ao convívio com os grandes. Entrou a perder nas duas primeiras jornadas e já encaixou seis golos. Ricardo Chéu tem muito trabalho pela frente.