Dois golos de belo efeito foram suficientes para o FC Porto sair de Barcelos com três preciosos e difíceis pontos, em véspera de Champions. O Gil Vicente deu uma excelente réplica, mas Sérgio Oliveira saltou do banco para, a dois minutos do fim, dizer ao outro Sérgio, o Conceição, que pode contar com ele para o resto da temporada.

Taremi abriu o marcador bem cedo, num chapéu quase do meio campo, e Samuel Lino, na recarga a uma grande penalidade, levaram o jogo empatado para o intervalo. Na segunda metade, os portistas dominaram, encostaram os galos às cordas e deram o xeque-mate final antes que os gilistas cantassem de galo.

Corona e mais dez

Na antecâmara da Liga dos Campeões, com a visita, na próxima terça-feira, do Liverpool ao Estádio do Dragão, a grande dúvida para esta partida estava na equipa que vai entrar de início frente ao Gil Vicente. Iria Sérgio Conceição manter no onze os miúdos que golearam o Moreirense? Sim, o técnico azul e branco fez apenas uma alteração no onze, colocando Corona no lado direito da defesa no lugar de João Mário.
Pela frente os dragões tinham um osso duro de roer, que já muita dor de cabeça deu aos portistas, e que, já esta época, venderam cara a derrota às águias, que só alcançaram o triunfo perto do final da partida. Por isso, não foi de estranhar as dificuldades iniciais dos portistas em entrar na boa organização dos galos.

Ainda assim, foi o FC Porto que abriu o marcador, num momento de inspiração de Taremi. O iraniano recuperou o esférico a meio campo, tirou Lucas do caminho e, do meio da rua, fez uma chapelada a Frelih, que ainda esboçou uma defesa. Pouco depois, os portistas tiveram perto do segundo, mas Taremi, no cara a cara com o guardião gilista, não conseguiu marcar. Na recarga, Fábio Vieira viu Lucas tirar-lhe o golo em cima da linha.

Era o melhor período azul e branco. No entanto, o rumo dos acontecimentos iria mudar ao minuto 20. Vítor Carvalho rematou forte à entrada da área e o esférico desviou na mão de Mbemba. Alertado pelo VAR, e depois de visualizar as imagens, Artur Soares Dias assinalou grande penalidade. Na conversão, Samuel Lino viu Diogo Costa defender, mas na recarga, o avançado não perdoou.

Até ao intervalo, houve muita bola para os dragões, porém o perigo andou sempre longe das balizas e o descanso chegou com uma igualdade.

O melhor estava guardado para o fim

Os técnicos mantiveram os mesmo onzes que iniciaram a partida. Os dragões acentuaram o domínio na partida e os gilistas começaram a ter cada vez mais dificuldades em sair para o ataque. Contudo, tal como na primeira metade, os portistas andavam perto da baliza barcelense, mas não conseguiam criar perigo.

Ricardo Soares foi o primeiro a mexer na equipa, refrescando o ataque. Fez sair o marcador do golo e entrou Léautey. Sérgio Conceição respondeu com Sérgio Oliveira e Toni Martinez para os lugares de Fábio Vieira e Vitinha. Ato contínuo, tirou Corona e colocou João Mário no seu lugar.

Os portistas passaram por uma fase boa e estiveram perto do golo. Primeiro foi Otávio que entrou na área gilista e rematou muito por alto. Tinha apenas Frelih pela frente. De seguida, Uribe com um belo golpe de cabeça obrigava o guardião esloveno a fazer uma excelente defesa.

O jogo caminhava a passos largos para o final e os dragões tentavam tudo para chegar ao golo da vitória. Pepê teve nos pés essa possibilidade, mas, uma vez mais, Frelih negou. A dois minutos dos 90, surgia mais um momento alto do jogo. Livre à entrada da área, descaído para a direita, e Sérgio Oliveira, em jeito, colocou o esférico na gaveta. Mas que golo, mais um!

E chegou para conquistar mais três pontos e virar as baterias para a Liga dos Campeões e para os ingleses do Liverpool.