A FIGURA: Silvestre Varela

A caminho dos 35 anos, ainda conserva algumas características que fizeram dele um jogador importante no FC Porto e até na Seleção Nacional. Inaugurou o marcador quase a fechar a primeira parte, aproveitando um lançamento longo de André Santos, e assistiu o sobrinho para o 2-0 a abrir a etapa complementar com um passe da direita para esquerda. Fez o melhor jogo desde que assinou pelos azuis e até podia ter faturado por mais do que uma vez. DECISIVO!

 

O MOMENTO: um assunto de família, 2-0 do Belenenses (MINUTO 50)

Apesar de uma primeira parte com domínios repartidos, os lisboetas foram para o intervalo em vantagem no marcador. Bruno Lopes, técnico dos algarvios, mexeu na equipa logo para o reatamento, mas um excelente golo de Nilton Varela (a passe do tio!) deitou por terra as ambições dos visitantes.

 

OUTROS DESTAQUES

Nilton Varela: tem 18 anos, mas já apresenta sinais interessantes de maturidade. Solto no plano ofensivo e bem no apoio ao setor mais recuado nas missões defensivas. Assinou o segundo golo do Belenenses, estreando-se a marcar como profissional ao quarto jogo. Promete!

André Santos: seguro no meio-campo, onde este domingo teve Show como parceiro. Mostrou segurança nas ações com e sem bola e assinou uma assistência fantástica para o golo de Silvestre Varela quase a fechar a primeira parte.

Aylton Boa Morte: foi o jogador mais desequilibrador dos algarvios, sobretudo nos 45 minutos iniciais. Muito solicitado no corredor direito, tirou cruzamentos perigosos e ameaçou o golo em duas ocasiões. Esteve na jogada do golo do Portimonense.

Jackson Martínez: o sofrimento do colombiano em cada jogo é conhecido por todos, mas este domingo ultrapassou os limites do suportável. Sofreu um toque de Gonçalo Silva ainda nos minutos iniciais, mas permaneceu em campo com claras dificuldades, sendo incapaz de explorar as costas dos centrais ou de acompanhar os ataques rápidos dos algarvios. Ainda assim, tem capacidade para reter a bola e servir os companheiros com critério, o que só prova que um Jackson em condições físicas adequadas continuaria a ser de outra dimensão. Aos 41 minutos teve um pormenor delicioso, servindo Bruno Costa com um toque de calcanhar.