A FIGURA: Yusupha Njie

Três meses depois, voltou à titularidade no Boavista. O gambiano parece estar completamente recuperado de uma rotura e ligamentos. Esta noite, foi um dos mais afoitos no ataque axadrezado. Tanto nas costas de Leonardo Ruiz como pelas alas, Yusupha foi uma dor de cabeça para os defesas maritimistas. Faltava-lhe, ainda assim, o essencial: eficiência na hora de rematar à baliza. Problema resolvido aos 80’, ao surgir de cabeça para desviar para a baliza um canto bem cobrado por David Simão.

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O MOMENTO: Minuto 80. Feliz regresso de Yusupha

Quase três meses depois de uma lesão nos ligamentos, Yusupha voltou a sorrir. Primeiro a titularidade, que só havia sido sua no jogo frente ao FC Porto (a 28 de dezembro), depois o golo da vitória. O canto preciso é de David Simão, mas o gambiano tem todo o mérito ao elevar-se entre os centrais e antecipar-se de cabeça para atirar para o golo da vitória. Depois de seis minutos em Tondela, na última jornada, agora sim, ele está de volta e em pleno. Que feliz regresso de Yusupha!

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OUTROS DESTAQUES:

Charles

Com o Marítimo a adiantar-se cedo no marcador, foi o Boavista a ter mais iniciativa ofensiva. Os intentos paravam invariavelmente nas mãos do guarda-redes brasileiro. A soco, com uma palmada, encaixando bola atrás de bola e até com os pés (como aconteceu aos 75’), Charles foi decisivo para manter o empate do Marítimo, pelo menos até ao minuto 80. O guarda-redes dos insulares, que até defendeu a grande penalidade de David Simão, só não chegou a tempo de salvar a recarga de Mateus… E aquele cabeceamento de Yusupha já perto do final.

Jean Cléber

Bem a recuperar bolas, ainda melhor nas transições ofensivas e sempre acutilante no ataque. Dos pés de Jean Cléber saiu o primeiro golo do Marítimo: um remate desviado pelo pé de Rossi, que deixou a bola à mercê de Everton, que abriu o marcador. Aos 40’ quase fazia o segundo, com Vagner a negar-lhe essa hipótese. Sempre em jogo e com grande perigo.

David Simão

Falhou a grande penalidade, muito denunciada, que até viria a dar o golo do Boavista, ainda antes do intervalo. Mas acertou em quase tudo o resto. É David Simão quem dá lucidez ao meio-campo axadrezado, quem pauta e traz critério de passe. E também precisão nas bolas paradas, como se viu no canto que cobrou para a cabeça de Yusupha fazer o golo da vitória aos 80’. Assim foi de novo neste jogo, em que provocou várias faltas dos jogadores adversários. Haverá poucos jogadores tão fundamentais como este para Jorge Simão.