O Arouca fez-se valer dos seus melhores recursos e venceu com tranquilidade o Vizela, que voltou a confirmar as más sensações dos últimos jogos, com a terceira goleada consecutiva, candidatando-se ainda mais ao lote de aflitos na luta pela permanência.

A equipa de Daniel Sousa foi superior durante todo o encontro, criou várias dificuldades aos minhotos e somou diversas ocasiões de golo, aproveitando a debilidade dos vizelenses. Por vezes, pareceu um jogo entre equipas de diferentes escalões. O 5-0 assenta na perfeição ao que se viu em campo.

A defesa arouquense nem teve muito trabalho e foi o trio de ataque quem esteve em plano de evidência. Os avançados espanhóis (Jason, Cristo González e Rafa Mújica) deram um recital na frente e, no final, escutou-se a Mújica do costume.

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Noite fria em Arouca, bancadas despidas e equipas da segunda metade da tabela frente a frente. Engane-se quem pense que estavam reunidos os ingredientes para uma enfadonha partida de futebol da Liga.

Os primeiros minutos foram de parada e reposta. O Arouca ameaçou aos quatro minutos por Rafa Mújica, o Vizela respondeu segundos depois por Nuno Moreira. Depois disso, os ânimos assentaram e o Arouca começou a aproveitar as facilidades.

Mújica já tinha deixado o aviso e, aos 11 minutos, não facilitou. O avançado espanhol aproveitou o corte falhado de Anderson e rematou, à entrada da área, para um excelente golo.

Pouco depois, novo erro do Vizela. Num lance de insistência dos arouquenses, por volta do quarto de hora, Cristo González foi «atropelado» na área e encarregou-se de cobrar o penálti que praticamente sentenciou o jogo.

A resposta do Vizela aos dois golos sofridos surgiu por Samuel Essende, o único sinónimo de perigo da equipa do Minho. Primeiro de pé direito, depois de cabeça, o avançado ficou perto do golo, mas também teve de ficar por aí, já que minutos depois foi substituído com problemas físicos.

A segunda parte começou e as ambições do Vizela foram por água abaixo logo aos 50 minutos, quando Matheus Pereira fez um autogolo e aumentou a vantagem arouquense.

Seguiram-se, então, largos minutos de total apatia dos vizelenses, que tentam ser protagonistas do jogo e praticar um futebol rendilhado, mas esta noite deixaram muito espaço nas costas e correram demasiados riscos. E, perante um ataque tão mortífero como o do Arouca, isso é sentença.

A equipa de Daniel Sousa até teve oportunidades para dar contornos de goleada ao jogo mais cedo, mas foi já na reta final que Rafa Mújica e Cristo González bisaram, em dois lances que revelaram a passividade da formação de Vizela. A jogar a este nível, será difícil sair dos lugares de despromoção. E os adeptos já perceberam isso mesmo - nos minutos finais da partida, deixaram o estádio, face à paupérrima exibição da equipa.

Por outro lado, depois do mau arranque de temporada, o Arouca - que conseguiu a maior goleada da sua história na Liga - parece ter engatado o melhor ritmo e já vai lançado no nono lugar.