Declarações do treinador do Arouca, Armando Evangelista, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Arouca, após o empate ante o V. Guimarães (2-2), em jogo da 7.ª jornada da I Liga:

[Resultado:] «Os pontos valem o que valem. O que acaba por trazer só um ponto para o Arouca foram os erros não forçados da nossa parte. O Arouca teve uma mão cheia de finalizações limpas, mas não as aproveitou. Isso foi o que ditou este resultado. Sabíamos das dificuldades que tínhamos. Conseguimos produzir, mas não conseguimos dar o último passe para a baliza.»

[Estratégia:] «Sabíamos que o Vitória tem-se organizado com uma linha de cinco defesas, com o Bamba a assumir o papel de central, com pouca saída. Mesmo quando saía para organização ofensiva, ele mantinha-se com uma linha de três. No ganho de bola, havia espaço entre linhas à frente desses elementos. Depois de chegar ao último terço, se tivéssemos oportunidade de chegar a zonas de cruzamento, os médios do Vitória, o Tiago e o André, tinham alguma dificuldade para cobrir um cruzamento recuado, que foi outro ponto a explorar. Quando os laterais não tinham tempo para fechar, tentávamos o cruzamento rápido ao segundo poste. Sabíamos também que era importante termos bola, atrair e sair rápido pelo corredor contrário. O Vitória foi uma equipa agressiva na pressão, mas quando conseguíssemos sair dela sabíamos que íamos ter espaço no lado contrário.»

[Aproveitar melhor os desequilíbrios no adversário:] «Traduzindo 90 minutos em dois golos e seis oportunidades flagrantes, penso que é um aproveitamento significativo. Não estamos a jogar contra uma equipa qualquer. O Vitória, por exemplo, teve a capacidade de nos vir buscar o nosso melhor marcador na época passada. Houve momentos no jogo em que nos fez sofrer, a baixar linhas e a ser muito rigorosos em termos defensivos.»

[Reencontro com Moreno:] «Desejo-lhe felicidades. O Moreno preparou-se para esta nova etapa. É o processo normal de quem vive no futebol e quer singrar. Reencontrar o Vitória? Foram muitos anos que passei naquela casa, enquanto atleta e treinador, mas o meu sentimento mais forte, hoje, é o Arouca. É um clube que represento, vai para a terceira época e com muito orgulho.»