«É fantástico. A minha expressão de felicidade, se calhar, não o demonstra, mas é um trabalho fantástico. Nunca nos desorientámos, mesmo nos piores momentos. Sempre fomos equilibrados emocionalmente e isso permitiu-nos estar aqui neste momento. Nós terminámos com êxito devido ao trabalho e atitude dos jogadores.»
Acreditava?
«Claro que sim, caso contrário, não tinha vindo. Tive alguns desafios de dificuldade idêntica. Se calhar não notaram tanto porque não teve o acompanhamento mediático que teve este. Mas acreditava plenamente. Isto é uma confirmação, porque o Belenenses teve uma série de anos nas segundas divisões, subiu no ano passado, mudou a estrutura e a I Liga exige mais. Mas com trabalho, dedicação e, acima de tudo, muita inteligência, conseguimos assegurar o nosso objetivo. Quando fui apresentado disse que acreditava que íamos conseguir ficar na I Liga. Esse discurso foi constante e foi-se cimentando cada vez mais, principalmente nos jogadores, conforme fomos tendo resultados mais positivos. Isto é a confirmação de um trabalho fantástico e estes jogadores têm de ser valorizados. Têm o mérito de ser fortes e inteligentes nos momentos mais difíceis. Agora há que festejar. Parabéns para eles.»
Sete jogos: três vitórias, dois empates e duas derrotas. Se tivesse vindo no início, o Belenenses teria sofrido tanto?
«Está a tentar fazer futurologia. Não é a minha forma de trabalhar. Felizmente conseguimos fazer um trabalho fantástico e culminou com a conquista do objetivo. Era difícil, porque por mais um golo, menos um golo, mais um ponto, menos um ponto, poderíamos não estar aqui a festejar. No entanto, o trabalho teria sempre mérito. Felizmente, em alguns momentos, também tivemos proteção divina e isso também é importante para se conseguirem êxitos. Temos é de falar do trabalho que fizemos. Fizemos o que poucos esperavam. O Belenenses é um clube nacional. Se calhar, temos aí alguns clubes fantásticos, com massa adepta fantástica, mas que são clubes municipais, de cidade. Mas o Belenenses tem adeptos em todos os quadrantes do país, é um clube nacional. Para se juntarem os adeptos é preciso ter resultados, uma equipa com qualidade. Se o Belenenses conseguir encontrar o caminho do êxito, sei que o Estádio do Restelo estará todos os domingos desta forma. Agora depende das pessoas que estão à frente e do que querem fazer.»
Vai continuar?
«Vamos conversar. Até porque isto não terminou aqui. Assegurámos a manutenção, mas temos muito que conversar. Tenho de falar com os responsáveis e depois, coletivamente, encontrar o caminho. Qual é a minha vontade? Agora é descansar! Agora quero ir para casa e descansar. Quero fazer uma retrospetiva do que fizemos aqui e fazer a minha avaliação. Sobre o futuro teremos de conversar e será sempre decidido pelas duas partes.»
