Daniel Ramos, treinador do Rio Ave, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após a derrota por 1-0 frente ao Boavista, em jogo da 23.ª jornada da Liga:

«O Filipe Augusto tanto pode jogar na posição «6» como «8». É um jogador que tem características para fazer ambas. É um jogador com quem contamos, que aprecio e que vai ajudar a equipa enquanto cá estiver.»

[Questão acerca dos protestos no final]:

«Quem protesta, normalmente tem razão. Acredito que vão escrever o que viram. Um árbitro está para ajuizar, tomar decisões e às vezes acerta,  outras vezes erra. O treinador também toma decisões. Neste processo que é o futebol, a equipa de arbitragem tem peso. Se queremos um futebol igual para todos, há que analisar de igual forma todos os lances do jogo. Não aceito que puxão na primeira parte não seja concebido como um puxão na segunda parte. O critério tem de ser igual em ambas as partes. Quando isso não acontece, existe desigualdade. Durante o jogo aconteceram várias coisas que nos chatearam e que nos deixaram tristes. Basta ver o que aconteceu no final, no último canto do jogo. Não aceito que um árbitro corte uma oportunidade de golo. O árbitro tem de ter um posicionamento ajustado no campo. É inacreditável. Tento ao máximo fugir da arbitragem, mas hoje desculpem... foi um tratamento desigual.»

[Análise ao jogo]:

«Foi um grande jogo da nossa parte. Tenho pena que o resultado não espelhe o que aconteceu durante o jogo. Se tivesse empatado, ia triste para casa. Este era um jogo para ganhar em função do que fizemos. Produzimos ocasiões suficientes para ganhar. Controlámos totalmente a segunda parte. Tivemos seis oportunidades claras para marcar e vamos para casa tristes. Tenho de realçar o carácter e a determinação da equipa, mesmo com dez foi superior. A jogar desta maneira, só tenho de esperar fazer uma boa ponta final.»

[Considera que o Rio Ave perde por causa do árbitro]:

«Não chego a esse ponto. Vou falar em termos gerais. A arbitragem tem gente muito competente e continuo a acreditar na arbitragem. Sou extremamente tolerante em relação ao erro. Já o demonstrei inúmeros vezes. O que me chateia são as decisões desiguais. O árbitro tem de manter o critério durante o campeonato e não conforme lhe apetece. Sentimo-nos condicionados.»

«Não ouvir faz parte. No final do jogo há descontentamento, há desabafos, e o árbitro tem de saber não o ouvir. O treinador faz isso, os jogadores também fazem quando não querem aturar o treinador. Para além do Filipe Augusto, o Diego também foi expulso.Esperemos que no futuro não existam mais situações destas.»