A Académica continua a não ir além da divisão de pontos em casa e, desta feita, até se pode dar por satisfeita ante um Estoril que começou encolhido, ganhou ânimo com a expulsão de Iago, e quase saiu de Coimbra com os três pontos.

No final, ficam talvez os canarinhos mais satisfeitos, pese a ponta final que poderia ter rendido mais, do que os conimbricenses, que se mantêm na parte perigosa da tabela, e só se podem queixar de si próprios. Com o Gil Vicente, os estudantes continuam a ser a única equipa que ainda não ganhou...

De positivo, muito pouco. A Briosa marcou dois golos num jogo pela primeira vez esta época, e logo pelos dois estreantes a titular: Schumacher e Marinho. O mais alto e o mais baixo do plantel! O Estoril, que marca em todos os jogos na Liga, continuou produtivo a este nível… mas pode fazer melhor.
 
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Paulo Sérgio voltou a mexer na equipa e não foi (só) pelas lesões. Farto de empates (em casa) e derrotas (fora), o técnico promoveu a estreia a titular de dois jogadores, Marinho e Schumacher, que viriam a revelar-se absolutamente decisivos para o resultado.

Do mais alto ao mais baixo do plantel, dois golos surgiram, quase seguidos, dando à partida o caráter de justiça que parecia estar a faltar-lhe. Primeiro o brasileiro, da linha dos 11 metros, num castigo máximo que deixa a sensação de não ter existido.

Emídio Rafael, de regresso a Coimbra, terá jogado a bola com o peito, mas Schumacher foi mesmo para a marca fatídica e abriu o marcador. O Estoril, até então apagado, passou ao estado de atordoado e, menos de 10 minutos depois, sofreu o segundo.

Grande trabalho do avançado com nome de campeão da Fórmula 1 na direita, a libertar Aderlan para o centro, e o pequeno extremo, quase debaixo da trave, a confirmar o segundo da noite. Era a noite quase perfeita da Briosa, que marcava pela primeira vez dois golos numa partida. O pior veio depois.

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Incapazes de segurar a vantagem preciosa, os estudantes «ofereceram» o golo a um Estoril, quando pararam e ficaram a ver jogar Kuca, logo ele, que não se fez rogado e reduziu o marcador ao cair do pano para o intervalo.

O tónico foi bom e os canarinhos voltaram, naturalmente, com mais vontade na segunda parte. Continuando na senda dos tiros no pé, como lhe chamou o próprio Paulo Sérgio, Iago foi expulso devido a uma cotovelada em Bruno Lopes, e estendeu o tapete vermelho que faltava ao Estoril.

O empate, novamente por Kuca, não tardou muito e fez tremer o estádio Cidade de Coimbra. O Estoril virava o campo ao contrário e procurava, agora, a cambalhota completa no marcador. Já com Kléber e Balboa em campo, José Couceiro arriscava tudo.

Cristiano salvou a equipa com um par de defesas a remates de Kléber e, pouco depois, foi a trave que devolveu um remate o internacional guineense. Foi por pouco.