Figura: Coates

A exibição do uruguaio personifica na perfeição a evolução da equipa. Ao contrário do passado, o capitão do Sporting é, porventura, o jogador mais fiável dos leões. Coates exibiu confiança na saída de bola – não raras vezes saiu em drible pela zona central sendo o último homem – e revelou-se praticamente intransponível tanto pelo chão como pelo ar. Fartou-se de acumular cortes e desarmes com destaque para aquele que fez a Marega logo aos três minutos, evitando que ficasse na cara de Adán. Concentração nos píncaros, agressividade dentro dos limites, assim jogou o melhor em campo: Seba.


Momento: Matheus Nunes deixa vitória fugir... para a bancada, minuto 73

A melhor oportunidade do Sporting na partida chegou por Matheus Nunes. Em campo há escassos minutos, o médio tornou um alívio de Coates numa oportunidade de golo. Matheus arrancou desde a entrada da sua área, bateu Otávio em velocidade e isolou-se. No entanto, o brasileiro falhou na finalização e atirou para a bancada na cara de Marchesín.

Outros destaques:


João Mário: passeou classe no Dragão. O Clássico foi pouco espetacular, com as equipas a preferirem jogar longo, valeu ao Sporting o internacional português para definir com critério e inteligência. O médio jogou em pezinhos de lãs, mas com uma capacidade de decidir e executar tremendas. Não tremeu sobre pressão e liderou as melhores jogadas do Sporting em campo. Só faltou que os colegas jogassem o mesmo jogo que ele.

Adán: irrepreensível. O espanhol foi chamado poucas vezes a intervir, mas quando teve de se mostrar fê-lo a bom nível. Foi assim aos 27 minutos quando travou um remate de Manafá.  O guardião foi importante na forma como o Sporting tentou sair a jogar desde a sua área, encontrando sempre a melhor opção. Além disso, Adán esteve sempre seguro nas saídas entre os postes.

João Palhinha: se João Mário acrescenta qualidade e critério com bola, o médio defensivo oferece capacidade de luta, de recuperação de bola e de dobrar tanto Nuno Mendes como Porro. No fundo, correu por ele e por mais dois ou três. Palhinha voltou a provar que é capaz de abranger bastante espaço e destacou-se dos restantes. Podia e deveria ter definido melhor quando teve espaço, em especial numa saída para o ataque aos 37 minutos.

Matheus Nunes: apesar de só ter entrado aos 64 minutos, ex-Estoril merece inteiramente o destaque. Porquê? É fácil. Matheus precisou de nove minutos para dar um pontapé na letargia ofensivamente dos leões. Com uma cavalgada impressionante, o médio bateu Otávio e só pecou na finalização perante Marchesín. Além disso, o brasileiro revelou-se importante no auxílio a Porro que estava em claras dificuldades físicas na fase final.