André Silva tem-se destacado na pré-temporada do FC Porto, com sete golos em igual número de jogos de preparação, e reforçou o interesse dos dragões em negociar um novo contrato: o avançado tem uma cláusula de rescisão de 25 milhões de euros.

O vínculo foi assinado em novembro de 2014, quando André Silva caminhava para o final da ligação ao clube e estava a ser alvo de forte assédio de outros clubes. Nessa altura, acertou a sua continuidade até 2019.

A rápida afirmação do jovem português no plantel principal volta a colocar essa temática na ordem do dia. Basta olhar para as cláusulas dos restantes avançados às ordens de Nuno Espírito Santo, bem superiores ao valor acordado na primeira renovação.

Aboubakar, Brahimi e Adrián López têm cláusulas de 60 milhões de euros, Jesus Corona e Otávio (tem jogado como falso extremo) estão blindados por 50 milhões, Silvestre Varela e Alberto Bueno por 40.

O FC Porto pretende reforçar a sua posição negocial face a André Silva, que aos 20 anos se prepara para arrancar a época 2016/17 como titular na frente de ataque, tal como aconteceu a partir de abril.

Na última jornada da Liga, avançado fechou a goleada frente ao Boavista (4-0). Dias mais tarde, bisou com grande estilo na final da Taça de Portugal, perdida nas grandes penalidades para o Sp. Braga.

Fernando Santos, selecionador nacional, chegou a admitir que a convocatória para o Euro2016 poderia ser diferente caso André Silva tivesse brilhado numas semanas mais cedo.

Os adeptos do FC Porto encaram a temporada 2016/17 com natural expetativa e o jovem português tem sido a principal opção de Nuno Espírito Santo nesta fase de preparação. Porém, do lado do jogador há alguma incerteza em relação ao que irá acontecer no mês de agosto.

Vincent Aboubakar foi perdendo espaço e não está descartada a sua saída até final do mercado de transferências. Aliás, o camaronês nem foi convocado para o particular com o V. Guimarães.

Porém, o futuro de Aboubakar não está definido e resta saber qual seria a aposta do FC Porto: se contratar um avançado, será alguém com estatuto e tendo em vista o onze, ou André Silva tem a plena confiança dos responsáveis? Uma questão para esclarecer nas próximas semanas.

Por esta altura, há a clara intenção do clube em renovar contrato com o jogador e o seu novo empresário terá uma palavra a dizer. O avançado passou a ser representado por Jorge Mendes.

Recorde-se que, na primeira metade da época 2014/15, André Silva chegou a ser confrontado com vários convites para sair do FC Porto – sobretudo de clubes ingleses – e esteve mais de dois meses sem jogar na equipa B enquanto discutia a prolongação do vínculo com o clube portista.

Os dragões temiam perder a promessa a custo zero, já que o avançado caminhava para o final do contrato. Finalmente, já em novembro, as partes chegaram a acordo e a continuidade foi assegurada: vínculo até ao verão de 2019 e uma cláusula de rescisão de 25 milhões de euros.

O empresário António Teixeira teve um papel importante nas longas negociações – em que também participou o pai do jogador – e tal foi reconhecido pelo FC Porto, que ofereceu com contrapartida uma verba pela utilização do jovem e direitos em mais-valias futuras, em caso de transferência.

Nesta altura, porém, é a Gestifute de Jorge Mendes que representa oficialmente o jogador.

Os dragões esperam acertar novo contrato com o avançado, para melhorar as condições salariais e sobretudo aumentar a cláusula de rescisão, que está situada num valor relativamente acessível para os clubes das principais Ligas europeias, como este mercado de transferências tem demonstrado.