Duelo acidentado entre vizinhos. Sai com menos amolgaduras o Moreirense, que volta a ganhar na Liga exatamente três meses depois do último triunfo (3-2). Em pior estado continua o Aves, que somou o 11.º jogo consecutivo a perder e está cada vez mais agarrado à lanterna vermelha com apenas três pontos somados em doze jogos.

A estreia de Nuno Manta Santos no comando técnico do Desp. Aves foi aziaga, o Aves até começou por prometer mas teve de jogar 77 longos minutos em inferioridade numérica, o que inevitavelmente pesou no jogo.

Um jogo interessante do qual sobram cinco golos, quatro deles de bola parada, uma grande penalidade para cada lado e igualmente uma bola ao ferro em cada baliza. Pelo meio Mnauel Mota teve longas consultas ao VAR a dar o tal condão acidentado ao embate. Fábio Abreu marcou dois golos e foi a figura do encontro sendo fulcral para o triunfo do Moreirense.

Cambalhota com selo de  Fábio Abreu

A rivalidade de entre os dois clubes prometia, de antemão, emoções fortes. Assim foi o primeiro tempo, emocionante e acidentado até. O Aves entrou com a corda toda e disposto a lutar para se livrar da lanterna vermelha, marcando logo aos seis minutos.

Mehremic correspondeu da melhor forma a um livre de Afonso Figueiredo adiantando os avenses no marcador. Começou aí o caráter acidentado do jogo. Foram necessários quatro minutos para que o VAR validasse o golo e permitisse que a bola voltasse a rolar.

Imediatamente a seguir ao golo a equipa de Manta Santos ficou reduzida a dez elementos e condicionou de forma decisiva todo o jogo. Falcão disputou a bola com Fábio Pacheco de sola, Manuel Mota estava em cima do lance e não hesitou. Cartolina vermelha para o médio logo aos treze minutos.

Com mais um elemento em campo o Moreirense cresceu e encostou o Aves às cordas, operando a cambalhota no marcador ainda antes do intervalo com dois golos de Fábio Abreu. Primeiro na sequência de um canto cabeceou sem marcação, em cima do descanso encostou em cima da linha de golo virando o jogo a favor do Moreirense.

Um penálti para cada lado

Antes de marcar o Moreirense ainda viu Dzwigala desviar uma bola para o seu próprio poste e Welinton num dos seus ataques rápidos foi até à cara de Pasinato ameaçar a igualdade. Estava vivo o jogo com ambos os guarda-redes a ter de mostrar serviço.

Mantiveram-se as incidências na segunda parte, com um penálti para cada lado a apimentar o jogo. Numa ação completamente disparatada Luther derrubou Rúben Oliveira e deixou o Aves em condições de empatar. Foi o que fez por intermédio de Mohammadi, que enganou Pasinato e relançou o jogo.

Mesmo com menos uma unidade o Aves rejuvenesceu com o empate e esteve perto do terceiro. Mohammadi em contra-ataque atirou com estrondo ao travessão.

Apenas de penálti o Moreirense conseguiu resgatar-se para o jogo. Mehremic cortou a bola com o braço no interior da área bloqueando um cabeceamento de Steven Vitória, obrigando Manuel Mota a nova longa espera desta feita com recurso às imagens para dar castigo máximo.

Grande penalidade convertido por Steven Vitória, que definiu o encontro e o 3-2 a favor do Moreirense. Voltam a sorrir os Cónegos, que somam agora catorze pontos. Continua complicada a vida avense, ainda que esta tarde tenha dado sinais de querer lutar pela fuga ao momento frágil que atravessa.