A FIGURA: WILLIAM

Com Adrien uns furos abaixo do que é habitual, foi ele o pulmão do meio-campo leonino. Trancou os caminhos do Benfica pelo centro do terreno e foi um dos principais responsáveis pelos momentos de aperto a que os leões submeteram o Benfica durante quase toda a segunda parte. Também não lhe é alheio o facto de Pizzi, antes de passar para o lado direito do meio-campo ter-se visto forçado a jogar muito mais recuado do que costuma. Apenas um reparo: deu demasiado espaço a Nélson Semedo no lance do golo de Jiménez. Quase marcou quando o resultado era de 2-0, mas Ederson estragou-lhe os planos com uma grande intervenção. Carregou a fé dos leões.

OUTROS DESTAQUES

Rúben Semedo: poderosíssimo nas ações defensivas, contam-se pelos dedos (e sobram) o número de lances que perdeu com os atacantes do Benfica. Ligeiramente mais atento do que Coates no plano defensivo, embora o uruguaio tenha sido mais influente nas bolas paradas ofensivas.

Campbell: Bruno César nem estava a ser dos piores quando Jorge Jesus decidiu lançar o costarriquenho para a segunda parte, mas a verdade é Joel Campbell entrou em alta rotação. Logo nos primeiros instantes da etapa complementar esgueirou-se pela direita e serviu Bas Dost, que rematou ao poste esquerdo. Pôs a cabeça em água a Nélson Semedo, que viu-se forçado a abdicar das ações ofensivas a partir de uma determinada fase do jogo para passar a concentrar-se apenas nele. Grande oferta para o 2-1 de Bas Dost. Esta era mesmo impossível de falhar.

Bas Dost: marcou o único golo dos leões num oportuno golpe de cabeça depois de ter fugido à marcação de Lindelof, que andou sempre aos papéis com o holandês. Podia não se ter ficado por aqui. Atirou ao poste no arranque da segunda parte e ainda falhou pelo menos mais duas boas oportunidades. Saiu de forma algo surpreendente aos 84 minutos para dar lugar a André.