O Estoril impôs a sua lei no Estádio D. Afonso Henriques ao vencer o V.Guimarães por três bolas a uma no jogo inaugural da 26ª jornada da Liga. O conjunto do Estoril demonstrou ser uma equipa madura e que não gosta de perder duas vezes seguidas no campeonato. Decretou o sétimo jogo consecutivo sem vencer ao V.Guimarães.

63 anos é muito tempo, o tempo que o Estoril esteve sem ganhar em Guimarães. Nada que se apresente como missão impossível para esta equipa, mesmo perante adversidades inesperadas. A jogar ao ataque na Cidade Berço a equipa da Linha sofreu um golo logos nos minutos iniciais.

Operou uma reviravolta que se adivinhava e perspetivada, e que até pode valer já esta jornada a confirmação matemática de nova aventura europeia na próxima época. O V.Guimarães não consegue afastar a má fase, a pior da época, e já soma sete jornadas sem tomar o gosto ao triunfo. Ao contrário do seu adversário desta noite, já poucos acreditarão numa classificação para as provas europeias.

Arranque frenético

O Estoril apresentou-se no D. Afonso Henriques apostado em demonstrar a superioridade que a tabela classificativa demonstra. Logo no primeiro minuto a equipa da Linha conquistou dois pontapés de canto e encostou a equipa do V.Guimarães à cordas, literalmente.

A equipa da casa respondeu com um golo. No primeiro remate que fez à baliza o V.Guimarães Alex colocou os minhotos em vantagem. Estreia feliz do extremo que precisou de pouco mais de seis minutos na equipa principal para fazer o gosto ao pé.

Estavam jogados poucos minutos, mas o golo conferia alguma injustiça ao resultado. A equipa da Linha continuou na mesma toada e acabou por empatar a contenda ainda antes da primeira meia hora de jogo. Quando conseguiu passar por Paulo Oliveira (o defesa fez dois cortes providenciais em cima da linha de golo), o Estoril marcou o golo do empate.

Balboa construiu o golo depois de ganhar o duelo ao seu oponente, um filme que se repetiu várias vezes, e serviu Bruno Lopes no coração da área. O avançado teve apenas que encostar. Golo que se adivinhava no D. Afonso Henriques, com o Estoril a ser mais perigoso em Guimarães. A jogar no limite do fora de jogo, os canarinhos iam provocando momentos de aflição aos vimaranenses, que se mostravam pouco em termos ofensivos.

Bruno Lopes operou cambalhota

O arranque do jogo foi estonteante com várias situações de perigo junto das balizas, um golo para cada lado e a promessa de um encontro sempre jogado a grande velocidade. Contudo, os últimos suspiros do primeiro tempo caíram de intensidade.

Os segundos quarenta e cinco minutos seguiram a mesma linha e não deram seguimento ao ritmo da primeira parte. Com mais cautelas de parte a parte, as duas equipas como que se encaixaram aparecendo com menos frequência junto às balizas.

Mesmo sem Balboa, que saiu com queixas físicas logo nos primeiros minutos da segunda parte, o Estoril acabou por ser a equipa mais audaz e com mais capacidade para estender o seu jogo até à baliza de Douglas.

Bruno Lopes fez o segundo aos setenta minutos e confirmou a cambalhota no marcador. Se nesta fase do jogo o Estoril até nem fazia por justificar o golo, o segundo tento acaba por ter a sua dose de justiça se olharmos para a produção estorilista no primeiro tempo.

Gerso fechou a folha de serviço já nos descontos fazendo o terceiro do Estoril. Os poucos adeptos do V.Guimarães presentes nas bancadas sucumbiram de impotência e começaram a abandonar o seu lugar em debandada. A festa foi amarela em Guimarães, como há 63 anos não se via.