Lito Vidigal, treinador do Marítimo, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Dragão, após a vitória histórica no Dragão por 3-2, em jogo da terceira jornada da Liga:

«Também ganhei aqui como jogador. Não há muito para falar, há sempre mais para trabalhar. Prefiro transformar as palavras em actos. É o que tenho feito a minha vida toda. Ouvir toda a gente e falar apenas o necessário. Procuro desenvolver o meu trabalho com qualidade. Quando é necessário aprofundar as coisas, consigo fazê-lo.

A maioria das vezes não interessa andar nesta bate-boca. Fomos inteligentes, coletivamente muito fortes e solidários.Não é fácil marcar três golos aqui. Foi uma vitória fantástica que estes jogadores merecem.

Perdas de tempo? No último jogo jogámos com menos um durante uma hora. Marcámos mais um golo, ficámos na frente do marcador e mantivemos o resultado com menos um. Foi um trabalho fantástico. Se tivesse de falar das coisas menos boas que o futebol português, havia pano para mangas. Tento tornar o futebol português mais competitivo e esta vitória torna-o competitivo. Será notícia a nível mundial.»


[Expulsão]: «Estava a falar com um jogador meu. Estamos a ganhar, e o Milson é um jogador jovem que está numa fase embrionária. Era um jogo difícil e podíamos manter a vitória. Há sempre aquela vontade de mostrar serviço, nem quis saber se estávamos a ganhar. Nem se preocupou que era um momento histórico para o Marítimo. Pedi ao Milson para voltar, mas depois o árbitro escreve o que quiser. Não quero falar dos árbitros nem gosto. Uma vitória destas com três golos, num jogo fantástico... Primeira vez em 110 anos que o Marítimo ganha aqui, temos de falar disso e esquecer esses pequenos pormenores.»