«FPF tem que responder pela organização do futebol»

No Estádio D. Afonso Henriques, à margem da apresentação do Cartão Jovem Vitória, Emídio Guerreiro abordou este sábado a atual situação da Liga de Clubes. O Secretário de Estado do Desporto e da Juventude referiu que o «interlocutor» do Estado é a FPF (Federação Portuguesa de Futebol) e que vai manter a «autonomia» da Liga.

«A Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto estabelece os critérios de atribuição de utilidade pública às federações. Refere ainda a Lei de Bases que nas modalidades profissionais existe uma Liga Profissional cujos associados são privados, nomeadamente as sociedades desportivas que desenvolvem a prática profissional. Este é o quadro legal que está perfeitamente definido. O nosso interlocutor é a Federação Portuguesa de Futebol e tem que responder pela organização do futebol», disse Emídio Magalhães.

O Secretário de Estado prosseguiu o seu raciocínio: «Respeitamos a autonomia do movimento associativo e queremos manter esse respeito e essa autonomia. Há um conjunto de obrigações que estão estabelecidas e temos transmitido ao nosso interlocutor, a FPF, que é necessário que tudo seja cumprido, nomeadamente a constituição de um fundo de garantia salarial e a criação de uma comissão de auditoria».

Emídio Guerreiro revelou ainda que tem acompanhado de perto o processo e que tem garantido que a legislação está a ser cumprida: «O que importa é que todos percebam que têm que assumir as suas responsabilidades, todos os parceiros nomeadamente a Federação, a Liga, as SAD’s e os clubes. Só dessa forma é que as coisas funcionam. Temos vindo a acompanhar isto de perto e temos vindo a exigir a entrega documental do comprovativo de que a legislação está a ser feita. A lei tem que ser cumprida e cada um tem que fazer a sua parte», concluiu.