Figura: Stojiljkovic

Fez porventura, a melhor exibição desde que está no Bessa. O sérvio foi sempre importante a jogar de costas para a baliza e a combinar com os colegas do setor intermédio, especialmente com Bueno. Fartou-se de lutar e de pressionar a saída de bola contrária, ainda que se tenha revelado perdulário na finalização. Stojilkovic desperdiçou uma soberana ocasião na cara de Ricardo Ferreira no final da primeira parte, teve um golo anulado a abrir a etapa complementar, mas acabou recompensado pelo esforço ao fazer o 1-0.



Momento: Dener impede estreia vitoriosa a Ramos, 90+4

O futebol é imprevisível. O Boavista foi melhor durante mais tempo, mas tinha apenas um golo de vantagem à entrada para os minutos finais e não evitou o sofrimento. Acabou por ser numa jogada de bola parada semelhante à que deu o golo de Stojiljkovic: canto da esquerda e cabeçada de Dener para o empate no último suspiro.


Negativo: cinco minutos a roer as unhas à espera da decisão do VAR

Aylton marcou, celebrou e voltou ao meio-campo. Só depois Manuel Mota pediu para aguardar enquanto o VAR na Cidade do Futebol, Bruno Esteves, analisava o lance. A bola no círculo central, os jogadores em cada uma das respetivas metades do campo e os adeptos sem saberem se lamentavam um golo sofrido ou festejavam novamente. Todo este cenário durou cinco minutos. Inaceitável.


Outros destaques:


Bueno: incompreensivelmente o espanhol esteve três meses sem jogar. Podem dar-lhe uma tela em mau estado e Bueno é capaz de pintar uma obra-prima. É, portanto, um artista. O espanhol imaginou e criou as principais jogadas de perigo do Boavista. O passe magistral a isolar Stojiljkovic no final da primeira parte é sintomático. Com Bueno em campo, os axadrezados são indiscutivelmente melhores e Daniel Ramos parece saber.

Lucas Fernandes: o que fez em meia parte é suficiente para merecer o destaque. Foi o pensador de jogo dos algarvios e o principal municiador de Aylton e Marlos. Além disso, o brasileiro foi ainda responsável pelo primeiro remate à baliza de Helton Leite, dando o mote para o crescimento do Portimonense no jogo. A sua saída por lesão, roubou inteligência e capacidade de construção aos homens de laranja.

Dener: ganhou protagonismo após a saída de Lucas. O brasileiro agarrou a equipa e foi sempre o responsável pelas poucas jogadas de perigo do Portimonense. O médio ficou perto do golo num golpe de cabeça a abrir a segunda parte e voltou a repetir o gesto no período de descontos, desta feita com melhor sorte: fez o 1-1 e garantiu um ponto na mala na visita ao Porto.