Posicionadas de forma idêntica em 4x3x3, as duas equipas tiveram olhos para as balizas e como consequência o produto final foi agradável: houve oportunidades, emoção e incerteza até final. O Nacional foi mais eficaz, aproveitou uma oportunidade por Riascos para se adiantar no marcador depois do intervalo e depois trancou os caminhos em direção à sua baliza. Pelo que o Farense produziu, a derrota acaba por ter um sabor injusto. Mas no futebol, o que conta são as bolas que entram e não o número de oportunidades construídas.

Houve mais Farense no início e aos cinco minutos a equipa, na mesma jogada, desperdiçou duas boas oportunidades, primeiro por Alex Pinto que viu Nuno Borges salvar em cima da linha um desvio do lateral e na sequência da jogada foi Pedrão, que num corte defeituoso colocou novamente a baliza do Nacional em perigo, com a bola ainda a embater na parte superior da barra.

O Nacional, nomeadamente com esticões de Camacho, tentou equilibrar, mas apenas conseguiu esse estatuto nos últimos dez minutos da primeira-parte. Até esse momento, os algarvios foram melhores, exploraram bem os flancos, por Ryan Gauld e Mansilla e retiraram espaço aos madeirenses, sem possibilidade de se soltarem ofensivamente. Apenas aos 12, Camacho encontrou possibilidade de remate de fora da área, a bola passou perto da barra.

A bola andou sempre mais próxima da baliza do Nacional e Daniel Guimarães foi decisivo aos 18 minutos, com uma grande parada a cabeceamento de Stojiljkovic. Nos dez minutos que antecederam o intervalo o Nacional conseguiu libertar-se e conquistar metros e colocar à prova Hugo Marques, que parou dois remates de Camacho e Riascos.

No reatamento o farense voltou a assumir o controlo das operações mas voltou a não ter eficácia na sequência de duas bolas paradas, a primeira pela cabeça de Lucca, que levou a bola a passar ao lado do poste direito, e depois pela de Cássio Scheid, com defesa de Daniel Guimarães.

E foi contra a corrente que o Nacional colocou-se em vantagem, num remate rasteiro e colocado de Riascos, finalizando uma transição rápida. Um verdadeiro balde de água fria para os algarvios, que até final tudo fizeram para inverter o rumo: Sérgio vieira colocou homens mais ofensivos mas houve mais coração que cabeça e isso refletiu-se no na prática com inconsequência no último terço e apenas nos descontos, num cabeceamento de Patrick, o golo esteve perto.