«O único clube era a solução em 1997 quando o Marítimo representava a Madeira na Primeira Liga, o União estava na Segunda Divisão de Honra e o Nacional na Segunda Divisão B», defende o presidente do Marítimo em declarações ao Maisfutebol, apontando grandes diferenças entre o clube verde-rubro e os outros dois.

«Era o único com uma massa associativa significativa, com instalações, com massa crítica e foi o único clube a se aventurar nos Campeonatos Nacionais», justifica, diferenciando o conceito de clube único de único clube. «São coisas diferentes! Um clube único deixava de ter identidade, agora um único clube não»

Recorde-se que em Maio de 1997, o ex-presidente do Governo Regional da Madeira Alberto João Jardim tentou, sem sucesso, a criação de um clube único na Região, ao defender a junção dos clubes mais representativos com o objetivo de criar uma equipa mais forte e competitiva.

Carlos Pereira garante nada ter contra as instituições, mas assegura: «Tem a ver com a concentração de meios».

«Funchal não pode ter três equipas na I Liga!»

Recuperando o passado, o presidente do Marítimo olha para o futuro deixando uma certeza em relação ao novo figurino dos principais clubes da Madeira no panorama nacional.

«O Funchal não pode ter três equipas na Primeira Liga porque não vai haver apoios para tal! Há cada vez menos mecenas, temos empresas em dificuldades e dificilmente vamos conseguir sponsorização para tanto desporto», alerta o dirigente.

O presidente lembra que o tecido empresarial na Madeira é pequeno, que os custos são cada vez mais elevados e ao mesmo tempo os cortes nos apoios públicos atribuídos pelo Governo Regional são cada vez maiores.

«Há dificuldades acrescidas para todos, por isso a aposta devia ser na qualidade e não na quantidade», conclui.