Declarações do treinador do Tondela, Pepa, na sala de imprensa do Estádio da Madeira, após a derrota por 3-2 ante o Nacional, em jogo da 24.ª jornada da Liga:

«Os primeiros dez minutos eram muito importantes, por tudo. Pode parecer estranho, mas a altitude é diferente, o próprio clima, a viagem. Isso não serve de desculpa, até porque vínhamos preparados. Nos primeiros dez minutos houve equilíbrio, talvez com um pouco de ascendente do Nacional, mas sem oportunidades. Depois crescemos no jogo, a ter critério na saída, acima de tudo a bloquear o jogo interior do Nacional.»

«O nosso lado esquerdo ficou mais forte e conseguimos bloquear a saída do Nacional por aquele lado. Quando estávamos melhor, com o golo, com a vantagem, o Nacional, e bem, começou a procurar um jogo mais direto, porque não estava a conseguir passar a linha de quatro e também porque o trabalho do Tómané com o João Pedro estava a ser bem feito.»

«[Os jogadores do Nacional] começaram a procurar diagonais no corredor contrário e foi isso que acabou por dar o primeiro golo. O terceiro golo também foi numa situação idêntica. Temos de ser mais fortes nessas situações. Não é de agora, por isso é que é um pouco inadmissível sofrer dois golos dessa forma.»

Nacional-Tondela: o resumo do jogo e a crónica

«Voltamos a empatar o jogo na segunda parte. O segundo golo, um pouco à imagem da semana passada, contra o FC Porto, foi uma bola na entrada da área onde não fomos expeditos a tirar a bola.»

«Resume-se, na minha opinião, com o mérito como o Nacional também alterou a forma de jogar. Percebeu que estávamos a ganhar bolas e a sair com critério. Podia ter dado para qualquer equipa, mas nós temos que perceber que este tipo de erros, a este nível, paga-se muito caro.»

[Preocupado com a zona de descida?] «Se eu dissesse que não me preocupava estaria a mentir. Agora, o preocupar não é sinónimo de desalento, ou de falta de confiança. É preocupante, mas também há muitos pontos em disputa e temos é que trabalhar bem e ir a Setúbal buscar os três pontos. Não conheço outra forma: é trabalhar, trabalhar, trabalhar. Aqui não há volta a dar.»