Figura: Jonas
Feliz do clube que tem um talento destes. Jonas é um craque à solta e voltou a fazer o que a equipa não conseguiu: desbloquear o jogo com um golo. Dois golos, aliás. Mas o primeiro foi especial: um golo individual, saído do talento singular. Um golaço, de pé esquerdo, no ângulo. Indefensável, claro. O segundo foi só rematar após mais uma assistência de Guedes. O melhor, sem dúvida.
 
Positivo: Gonçalo Guedes
Estreou-se a marcar na Liga, o que não é realmente coisa pouca e já seria até suficiente para merecer este destaque cimeiro. Mas Gonçalo Guedes foi mais do que isso: assistiu, por exemplo, Jonas para o primeiro golo, voltou a assisti-lo para o terceiro, tabelou com Nelson Semedo para fazer o primeiro remate do jogo e lançou Jonas, que isolou Mitroglou para uma grande ocasião.
 
Negativo: Christian
Um livre que bateu no braço do Mitroglou e saiu por cima da barra (no que seria um penálti que ficou por assinalar) é muito pouco para um jogador em quem o P. Ferreira investiu uma pequena fortuna e de quem espera grandes coisas. Christian raramente conseguiu ser o jogador que a equipa precisava: lento, complicativo, denunciado, não deu ao futebol a criatividade que era necessário.


 
OUTROS DESTAQUES:
 
Nico Gaitán
Também ele fez um grande jogo, a merecer nota alta. Quase, quase ao nível de Jonas e Gonçalo Guedes (os números é que desequilibram). Foi dele a assistência para o golo de Guedes, foi dele o trabalho que originou o terceiro golo e foram dele uma série de iniciativas cheias de açucar.
 
Nélson Semedo
Mais uma excelente exibição de um miúdo que cresce de dia para dia. Cada vez mais seguro a defender, cada vez mais disponível para entrar em jogo, sempre atrevido no apoio ao ataque. Logo nos minutos iniciais isolou Gonçalo Guedes na direita e nunca mais parou de fazer bem as coisas.
 
André Almeida
A titularidade do internacional português até surpreendeu, esperava-se que Rui Vitória voltasse a Pizzi ou Talisca, mas não foi só isso que surpreendeu: André Almeida admirou os adeptos com dois momentos de classe, o primeiro a rodar sobre a bola e o segundo num calcanhar. Parecia Zidane.
 
Marafona
Sofreu três golos, aliás, só por um triz não sofreu quatro ou mais, mas mesmo assim conseguiu ser o melhor da equipa. O que também diz muito da noite do P. Ferreira. Parou remates de Gonçalo Guedes e Gaitán, na primeira parte, e de Mitroglou, na segunda, todos isolados na cara dele.