Pepa admitiu que o Tondela precisa de conquistar pontos na I Liga «como de pão para a boca», mas reconhece que o Boavista, adversário desta 13ª jornada, também está na mesma situação.

«Será um jogo bom, num estádio bom, com uma equipa agressiva, a precisar de pontos como de pão para a boca, como nós. Temos de ter muito caráter, não ter receio da fase que estamos a passar em termos pontuais e classificativos», assumiu o treinador na conferência de imprensa de antevisão.

Pepa diz que «o grande desafio é o de saber lidar com a classificação e com a ansiedade».

«Não podemos abdicar de jogar, ter medo de ter bola ou de nos escondermos de jogar, isso era o que de pior nos podia acontecer e não vai acontecer e se por acaso acontecer um bocadinho também não vou deixar, não podemos. Não podemos ter receio do jogo, queremos ganhar e ir lá buscar os três pontos», reforçou.

O treinador lamentou a lesão de Tembeng, na 12ª jornada, frente ao Sp. Braga, que o obriga a estar «parado mais algum tempo», mas, com exceção deste jogador, todo o plantel «está com quantidade e qualidade» para fazer frente ao Boavista.

«É um clube muito especial e isso também nos obriga a superar-nos, temos de ser muito fortes, muito rigorosos, roçar a perfeição, porque só assim vamos conseguir os três pontos. Esse é o nosso objetivo, mas para o conseguir temos de ser uma equipa como fomos aqui, no último jogo, frente ao Sporting de Braga», lembrou.

Apesar de não ter conseguido os três pontos desejados, pois perdeu por 1-0 com os minhotos, Pepa realçou «a entrega, a solidariedade, com tudo o que aconteceu, ou tem acontecido, desde expulsões, lesões» e, desta forma, disse que só há duas possibilidades:

«Ou nos afundamos com o que acontece ou reagimos. E a resposta foi boa. É verdade que pontos, como diz o nosso amigo Jorge Jesus, ‘bola’, mas a reação foi boa e quem reage dessa maneira e quem trabalha dessa maneira, vai ter que ser feliz e nós vamos atrás da felicidade», assegurou.

Pepa realçou, por isso, a importância de «regressar com uma vitória» do Estádio do Bessa. «Mas para isso acontecer há um trabalho, há um percurso a percorrer que é de superação, rigor, organização e não podemos estar com tempo, sequer, para esfregar o olho, porque é um campo e uma equipa que vai exigir muito de nós, um pouco à imagem daquela batalha, no bom sentido, que tivemos muito intensa em Santa Maria da Feira».