Ao fim de quatro jogos, o Portimonense voltou a conquistar pontos. O empate aconteceu, mas se a vitória dos algarvios fosse uma realidade também estava de acordo com o que se passou no jogo, principalmente na 2.ª parte.

Com sistemas quase idênticos - o Portimonense em 3x5x2 e o Desp. Aves em 3x4x3 - foi privilegiada a segurança defensiva com três centrais e ambas as equipas procuraram retirar espaço ao adversário, resultou num jogo fechado e em que os detalhes e os erros seriam decisivos para o decidir.

Foi assim no golo inaugural de Rodrigo Soares, num livre marcado perto da linha divisória do meio-campo, num remate em que a bola até nem levava muita força, mas Ricardo Ferreira deixou que batesse no relvado à sua frente, acabando por entrar ao ângulo superior esquerdo da sua baliza.

Estavam cumpridas duas dezenas de minutos e até então apenas por uma vez se assistira a uma situação de perigo junto a uma baliza: Jorge Fellipe foi providencial ao cortar um remate de Lucas Fernandes que iria ser golo.

O tal erro que ambas as equipas procuravam acabou por marcar o primeiro tempo, com a má avaliação de Ricardo Ferreira no livre de Rodrigo Soares a ditar a vantagem avense, que até poderia ter sido mais dilatada, já que dois minutos antes do intervalo, o guarda-redes do Portimonense redimiu-se e, com uma defesa impossível, evitou que Luquinhas finalizasse já na pequena área.

Além do golo e dos dois lances descritos anteriormente, pouco mais há a acrescentar nos 45 minutos iniciais: o Desp. Aves foi competente e não errou, ao invés do Portimonense, com um erro fatal e sem argumentos para contrariar a estratégia adversária.

Folha não estava a gostar da forma como a sua equipa estava a jogar e no reatamento trocou Ruben Fernandes e Wellington, por Paulinho e Tabata, e alterou o posicionamento da equipa, passado para 4x4x2, com Dener mais adiantado, no apoio a Jackson Martinez.

Esta versão ofensiva dos algarvios a par de uma entrada determinada anulou rapidamente a vantagem do Desp. Aves, com o colombiano a aproveitar um desvio com a mão do guarda-redes Beunardeau, para fuzilar e empatar.

Os algarvios pressionaram mais até final e embora não tenham disposto de muitas oportunidades, tiveram as suficientes para conseguirem outro resultado.

O Desp. Aves tentou aproveitar esse balanceamento ofensivo do Portimonense e através da velocidade de Mama Baldé e Luquinhas procurava a baliza de Ricardo Ferreira.

Numa dessas ocasiões Luquinhas até marcou, mas a jogada foi anulada por Jorge Sousa que após consulta às imagens e alertado pelo VAR, considerou que Derley, em posição irregular, teve interferência ao tapar a visão de Ricardo Ferreira.