Luís Castro, treinador do Rio Ave, comentou desta forma a derrota por 2-0 sofrida frente ao Benfica, que colocou um ponto final na invencibilidade enquanto técnico dos vila-condenses:

«Sofremos golos e tínhamos de marcar, foi o que falhou. A eficácia do Benfica fez pender o jogo para eles. Houve um momento em que o Benfica nos remeteu para o primeiro terço o defensivo e tivemos muita dificuldade em sair. Era para termos mais bola no meio campo adversário mas não conseguimos fazer isso. A partir dos vinte minutos começámos a controlar, tivemos um período muito bom, em que não conseguimos finalizamos no último terço»

«No segundo tempo tivemos situações para virar o jogo ao contrário e estar mais perto de outro resultado. As hipóteses foram-se esgotando, o que levou a equipa a desacreditar mais que era possível»

[sobre se a falta de eficácia justificou tudo]

«Um jogo tem tantos fatores diferenciadores. Neste tipo de jogos as situações não se avolumam muito. Posso dizer que a eficácia do Benfica foi tremenda, o último golo já perto do final da primeira parte condicionou muito o resto, ainda por cima resultou também na lesão do Filipe Augusto»

[sobre a quebra da invencibilidade enquanto treinador do Rio Ave]

«Vai ser um Rio Ave que vai querer sempre ganhar cada jogo que tiver pela frente. Vamos sempre a cada jogo para ganhar e jogar bem. Vínhamos de uma série de bons resultados mas isso não influenciava nada o jogo de hoje. O nosso objetivo é isolar-nos cada jogo que aparece e trabalhá-lo da melhor forma. O que pode passar despercebido aqui é que o lado estratégico de um jogo tem de ser muito bem trabalhado. É diferente abordar um jogo com os padrões que vínhamos tendo e este, com menos dias de preparação entre competições. Isso não justifica o resultado porque é justo, mas afeta»

«Os jogos estão isolados em termos de ideia. No domingo deixámos o Felipe Augusto de fora porque esteve muito tempo parado e ele poderia não aparecer nas melhores condições. Colocámo-lo hoje e deu-nos razão, só fez 45 minutos. Lá está, isto de jogar quarta e domingo várias vezes obrigou-nos a abordar o jogo de forma diferente dos outros. Era possível mas todas estas circunstâncias dificultaram»

[sobre o porquê de ter deixado de fora alguns habituais titulares]

«Quando fazemos mudanças e dá certo somos sempre elogiados, quando dá errado somos criticados, isso faz parte do futebol. Não podemos jogar com 12 ou 13. Não estiveram esses porque achámos que outros eram os melhores jogadores para fazer determinadas funções»

[sobre a expulsão (provocada) de Pizzi e como vê esse tipo de situações]

«Acho que se deve ser inteligente na gestão de tudo o que se faz na equipa e ponto. Está ao alcance de todos os treinadores e do que eles definem na estratégia, e faz parte. Acho que as pessoas devem fazer o melhor pelas suas equipas e se o Benfica achou que era melhor acho bem, não tenho nada a dizer».