Luís Castro, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa do Municipal Engº Branco Teixeira, em Chaves, após o empate 2-2 frente ao Desportivo de Chaves para a 33.ª jornada da Liga. 
 
«Foi um jogo em que estiveram em campo duas equipas que queriam ganhar o jogo, pela forma aberta em que se disputou até aos 90+4. O Rio Ave não entrou muito bem, nos primeiros 15 minutos, em que teve alguma dificuldade e a partir dai conseguimos pegar no jogo e conseguir o resultado que queríamos. Estávamos convictos que tínhamos as armas para chegar aqui e ganhar, não por falta de respeito ao Chaves, mas por conseguir o que era necessário fazer para estar na luta de pontos necessários para chegar ao sexto lugar.»
 
«O segundo golo atirou-nos para fora do sexto lugar, pelo resultado que estava a acontecer na Madeira. Ficámos a jogar com uma linha de três na defesa e no meio e com uma linha de quatro na frente. Risco máximo que a equipa soube assumir, e sabíamos que podíamos sofrer o 3-1 ou fazer o 2-2, mas não tínhamos outra saída face ao resultado do outro jogo. 
Não posso dissociar a massa associativa do Rio Ave, que nos apoiou mesmo em momentos de grande dificuldade, em que estávamos por baixo no jogo e foi sempre uma massa associativa muito ligada emocionalmente a nós. Fez-nos acreditar nos momentos mais difíceis do jogo e este empate, que nos mantém vivos na luta pelo sexto lugar, é direitinho para a nossa massa associativa e jogadores.»
 
[Entrada de Heldon em jogo] «Entendemos que neste jogo íamos precisar de um pouco mais de bola. Tendo dois jogadores nos corredores com muita profundidade entendíamos que podíamos perder algumas coisas ao longo do mesmo. Se tenho colocado o Heldon e deixado o Gil de fora, estavam-me a perguntar o contrário. O futebol é sempre isto, vai ser sempre o entendimento por parte de quem vê depois do jogo face ao entendimento de que o treinador tem antes do jogo. O que quis claramente do jogo foi sentir que necessitávamos claramente de ter um corredor de posse, e esse foi o do Rúben Ribeiro. Não foi por falta de qualidade do nosso jogo que não deixámos de ganhar, foi também por qualidade do adversário.»
 
«Agora é trabalhar. Sempre que abordámos cada dia é para trabalhar. O nosso compromisso é com o trabalho e unicamente com o trabalho, sem nos focarmos muito no que nos pode acontecer. Hoje focámo-nos no resultado na Madeira após o 2-2, e aí pedi para travar um bocado pois estávamos a correr muitos riscos. Normalmente estamos focados no nosso trabalho pois não conseguimos controlar os outros jogos, só conseguimos focar o nosso treino e nosso jogo. É isso que vamos continuar a fazer. Toda a gente sabe que a nossa equipa, jogadores, equipa técnica e administração está muito comprometida com o trabalho.»
 
[Sobre possível mudança para o Desp. Chaves] «Só decidirei o meu futuro após terminar esta época. As pessoas que trabalham comigo já são possuidoras daquilo que pretendo para o futuro e estou só focado no meu trabalho que é o Rio Ave.»