Sp. Braga e FC Porto gladiaram-se pelo segundo posto da tabela classificativa numa espécie de cimeira a norte do futebol português. O jogo terminou empatado sem golos, o FC Porto mantém a segunda posição, ficando os dois emblemas entrincheirados nas posições em que partiram para o duelo.

Contas feitas, ganha o Benfica mais dois pontos a cada um dos mais diretos perseguidores. Os dragões estão agora a dez pontos da liderança, os guerreiros a doze. Perde a oportunidade o Sp. Braga de reconquistar o segundo lugar, volta a ceder terreno para o topo o FC Porto, não alargando a margem de segurança.

Na pedreira, o FC Porto teve pouco mais do que ímpeto. Entrou bem em cada uma das partes do jogo, mas rapidamente deixou que o impulso se esfumasse, permitindo ao Sp. Braga ter as rédeas do jogo. Perante mais de 22 mil pessoas, numa boa promoção do futebol português, o embate foi intenso, mas em vários momentos faltou mais qualidade. De parte a parte.

FC Porto prometedor, mas dominado. Conceição muda antes do intervalo

Ainda sem Pepe, com três alterações no onze comparativamente com o empate frente ao Inter de Milão, o FC Porto deu mostras de querer entrar forte na pedreira. Com Otávio de regresso, os azuis e brancos tentaram impor a sua lei e aos doze minutos Taremi teve nos pés um golo para dar corpo a essa entrada em jogo. O chapéu saiu sem as medidas certas.

Rapidamente a equipa do Sp. Braga interpretou as feições do jogo e organizou-se, neutralizando os dragões. Organizado, o conjunto de Artur Jorge estancou a iniciativa portista e partiu para terrenos mais adiantados, dominando o encontro. Primeiro Bruma e depois Abel Ruiz obrigaram Diogo Costa a fazer defesas apertadas.

No banco, Sérgio Conceição sentia a falta de argumentos da sua equipa e operou duas substituições ainda antes do intervalo. Galeno e Eustáquio renderam Rodrigo Conceição e Grujic, Numa tentativa de fazer os dragões reentrar no jogo, que estava completamente controlado pelos arsenalistas.

Emoções apenas no final

Com nova mexida ao intervalo – Zaidu rendeu o amarelado Wendell – Sérgio Conceição tentou dar novo ímpeto à sua equipa. Conseguiu-o, em parte, com o FC Porto a voltar a entrar mais forte no jogo na segunda metade. Conquistou três pontapés de canto seguidos, encostando momentaneamente o Sp. Braga às cordas.

Numa espécie de papel químico do primeiro tempo, reagrupou-se novamente o Sp. Braga, resistiu ao tal ímpeto azul e branco equilibrou as forças da balança, dispondo até de vários momentos de supremacia. Ficou incaracterístico o embate, com vários passes falhados de parte a parte, decisões incompreensíveis e vários momentos de futebol atabalhoado.

As emoções atavam guardadas para o final. Primeiro foi Evanilson, ao minuto 86, a aparecer isolado, atirando a centímetros do poste. Cinco minutos para lá da hora, já nos descontos, Pizzi esteve na cara de Diogo Costa, mas preferiu – mal – servir um colega, perdendo o lance. Avança o Benfica, com Sp. Braga e FC Porto entrincheirados nas suas posições.