Um golo apontado numa espécie de lance de pingue-pongue já nos derradeiros minutos deu o triunfo ao Sp. Braga na receção ao Vizela (2-1), permitindo aos guerreiros instalarem-se no terceiro lugar, à condição, pressionando o FC Porto na luta pelo pódio

Dois remates certeiros de Rodrigo Zalazar, lançado ao intervalo, construíram o triunfo arsenalista num duelo minhoto amorfo e sem chama. Lanterna vermelha da Liga, O Vizela até esteve a vencer, mas permitiu ao Sp. Braga dar a volta ao jogo, regressando assim aos triunfos em casa depois do desaire no último jogo na pedreira.

Quinta derrota consecutiva do Vizela, cada vez mais fundo na tabela classificativa, que mais uma vez até demonstrou uma boa imagem, mas um erro gritante levou ao desmoronar da equipa. O Sp. Braga chega ao golo num lance de atrapalhação de Ruberto num pontapé de baliza, em que se atrapalha com a bola na sua área.

Vizela com momentos de respiração entre o sufoco

A diferença de postura das duas equipas – à boleia do momento de cada uma delas – desde logo ficou percetível. Na saída de bola o Sp. Braga disparou para a área vizelense e instalou-se desde aí no meio campo adversário, assumindo por completo as despesas do jogo.

Sentido único no encontro, ainda assim com um futebol muito mastigado, demasiado lateralizado e com falta de criatividade. Com naturalidade os arsenalistas sobrepuseram-se ao último classificado, aflito por pontos, mas as principais unidades não conseguiam desbloquear o duelo minhoto.

Organizado, vindo de quatro derrotas consecutivas, o Vizela foi-se segurando, aproveitando de quando em vez para respirar. Maioritariamente subjugado a missões defensivas, o conjunto de Ruben de la Barrera até conseguiu algumas trocas de bola interessantes, ainda que longe de criar perigo.

Zalazar, o nome para mudar o guião

Com apenas cinco minutos da segunda metade o Vizela adiantou-se no marcador. Zalazar, acabado de entrar, perdeu o esférico em zona proibida, com Domingos Quina a galgar metros até isolar Essende. Na cara de Matheus o atacante abanou as redes, num momento em que os vizelenses encheram os pulmões de ar.

Mas, a vantagem durou apenas três minutos. Autêntico disparate num pontapé de baliza, a dar, literalmente, o empate aos bracarenses. Ruberto atrapalha-se com o esférico, Banza pressiona e acaba por ser Zalazar a redimir-se, atirando para o empate.

Três minutos de intensidade máxima, e muita emoção, mas apenas uma cena do mesmo guião. Acusou o golo sofrido o Vizela, pela forma como aconteceu, tremendo mais do que o que acontecia até então. Estava melhor o Braga, mas o tempo ia-se arrastando sem que a supremacia se efetivasse.

Até que a cinco minutos dos noventa, os bracarenses invadiram a área em combinação. Moutinho deu de cabeça para Zalazar finalizar e lançar os guerreiros para o terceiro lugar da Liga.