O Sporting está à procura de um novo patrocinador para a camisola da equipa principal, depois de terminado o contrato com a Portugal Telecom, e a principal novidade é que pode não ser apenas um patrocinador: podem ser vários.
 
A revelação foi feita por Carlos Vieira, administrador da área financeira da SAD leonina, em entrevista ao Diário de Notícias.
 
«Se o patrocínio custa 3,25 milhões de euros e faço 30 jogos no campeonato, cada camisola vale cerca de cem mil euros, em média. O ideal é definir os sponsors com um ano de antecedência. No limite, se quiser vender camisolas evento a evento, é vendida acima do valor normal», referiu.
 
«Podemos mudar de patrocinador todos os jogos. No limite, pode render mais dinheiro. A área comercial está pronta para trabalhar em qualquer cenário.»
 
Em cima da mesa está também a possibilidade do patrocinador, além de investir na publicidade das camisolas, ficar também com o naming do estádio e da Academia.
 
«Há entidades que estão dispostas a controlar tudo e há empresas especificamente para o estádio, embora não tenha aparecido nada de especial», referiu.
 
«Dificilmente se encontra uma empresa com dinheiro que se veja só para patrocinador da camisola. Uma empresa nacional não tem. O patrocinador não será português. Não têm dinheiro para investir nos três grandes.»
 
Para além dessa possibilidade, de mudar de patrocinador todos os jogos e vender a camisola jogo a jogo, Carlos Vieira falou também da possibilidade do patrocinador chegar da Guiné Equatorial, sendo que neste caso a empresa teria as camisolas, o naming do estádio e o naming da Academia.
 
«Abrimos lá uma academia e há uma relação interessante com eles. Se me disser que há uma empresa desse país interessada em patrocinar o Sporting, isso é possível», frisou, acrescentando que o patrocinador não será o governo da Guiné Equatorial e que a associação a um país ditatorial não terá consequências para a imagem do Sporting:
 
«Não vejo porquê. A Guiné Equatorial pertence à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.»