Depois das boas exibições frente a FC Porto e Chelsea, em Alvalade, o Sporting visita agora Penafiel, em jogo da sétima jornada. Um jogo com características diferentes, mas para o qual Marco Silva pede a mesma atitude.

«É uma obrigação nossa. Não podemos ter níveis de motivação e ambição altíssimos com o Porto e com o Chelsea, e não ter com o Penafiel. Aí vamos ter problemas, e não queremos problemas, queremos soluções. Estamos obrigados a ter a mesma ambição, a mesma atitude. Foram dois jogos intensos num curto espaço de tempo, mas somos obrigados a ter a mesma ambição, a mesma garra, a mesma qualidade.», afirmou o técnico.

O técnico sabe que «a postura do Penafiel será diferente da postura do FC Porto e Chelsea», e que o Sporting «terá que assumir o jogo», e reconhece que é neste contexto que a equipa tem sentido mais dificuldades. «É uma realidade. Sabemos que pela nossa forma de jogar, pelo que não deixamos o adversário fazer, o jogo acaba por entrar nesse caminho, por muito que os adversários não tenham essa postura de início, obrigamos a isso. Precisamos de mobilidade e criatividade no último terço, que é sempre importante. Se em termos coletivos não conseguirmos dar resposta, a criatividade de um ou outro jogador também é importante para resolver esses problemas. Teremos de estar à altura, ter a capacidade de desmontar a organização defensiva do nosso adversário e estou em crer que o iremos fazer amanhã e conquistar os três pontos, conquistar uma vitória importante para nós», afirmou.

Marco Silva promete uma entrada forte, à semelhança do que tem acontecido, mas avisa que se o golo não aparecer logo isso «não pode gerar intranquilidade nem perda de intensidade». «Depois sabemos que o jogo toma contornos diferentes», acrescentou.

O técnico do Sporting lembrou ainda que, apesar de o Penafiel ter sido promovido à Liga esta época, é um campo «muito complicado» para visitar. «É uma equipa muito aguerrida, que certamente nos vai complicar a tarefa. Teve uma mudança de treinador e desde então somou uma vitória e um empate. Está com níveis de confiança melhores do que estava antes da chegada do novo treinador. Os resultados ajudam nisso. É um adversário coeso em termos defensivos, com duas linhas de quatro sempre juntas, e jogadores rápidos nas alas para aproveitar as transições ofensivas, e com uma referência no ataque que utilizam muitas vezes para o jogo direto», analisou.

Marco Silva foi ainda confrontado com as declarações do presidente Bruno de Carvalho, que um dia depois do jogo com o Chelsea disse que não conseguia ficar feliz com o jogo, dada a derrota, e que esta época só teve duas alegrias até ao momento (as vitórias sobre Arouca e Gil Vicente).

«O presidente disse aquilo que pensava no momento. Não vou comentar, nem tenho que comentar. Por norma não falamos dessas situações no grupo. Foi uma perguntava sobre o resultado do Chelsea e o apoio que o público deu, apesar da derrota, e ele respondeu naturalmente que não estava satisfeito. Parece-me que não é uma questão de maior ou menos pressão. Percebi o que ele disse. Se olharmos para o contexto da frase, ele disse que percebeu o apoio do público, que foi fantástico e dá mais força para trabalharmos e para lhes dedicarmos vitórias, mas que as vitórias é que o deixam feliz», defendeu.