Momento: Bellerín quebra bloqueio amarelo

O Sporting estava a sentir tremendas dificuldades para encontrar espaços para visar a baliza de Dani Figueira. Apesar da elevada posse de bola e de colocar muita gente no último terço do terreno diante de um adversário que defendia com toda a equipa, foi o lateral que encontrou o caminho para o golo, numa altura em que deixou a ala entregue a Edwards e começou a explorar terrenos mais interiores. Foi mesmo no interior da área que o lateral espanhol ganhou um ressalto e ficou com a baliza à disposição, aproveitando a oportunidade para marcar o seu primeiro golo pelo Sporting, aliás, foi o seu primeiro golo em quase dois anos.

Figura: Trincão parte tudo e levanta as bancadas

Outro jogador com ligações ao Barcelona em plano de destaque. Foi o melhor momento do jovem avançado desde que chegou ao Sporting com a difícil missão de render Pablo Sarabia. Recebeu uma bola na quina da área e desenhou uma diagonal em drible, deixando sucessivamente Tiago Gouveia, João Gamboa e Mexer pelo caminho, antes de bater Dani Figueira com toda a convicção. Foi o segundo golos dos leões, logo a abrir a segunda parte e Ruben Amorim ficou bem mais tranquilo no banco. Mas não foi apenas neste lance que Trincão deslumbrou, Numa noite inspirada, o jogador cedido pelos catalães esteve em quase todos os lances de ataque dos leões e até teve uma oportunidade para voltar a marcar.

Outros destaques:

Morita

Que grande jogo do japonês. Assumiu a posição de Ugarte ao lado de Pote e ganhou bolas atrás de bolas, na zina central, jogando quase sempre por antecipação, quando o Estoril procurava sair a jogar. Pote subiu muitas vezes para a área, mas o japonês enchia o campo no corredor central, com um jogo simples, a jogar ao primeiro toque e a abrir o jogo para as alas.

St. Juste

Ultrapassados os problemas físicos, o central neerlandês começa finalmente a impor-se no Sporting e esta noite terá realizado uma das melhores exibições desde que chegou ao Sporting. É verdade que não teve muito trabalho em termos defensivos, mas teve espaço e tempo para mostrar como joga bem com os pés. Com as duas equipas concentradas numa curta faixa do terreno, foi muitas vezes o central a transportar a bola, pela direita, entregando-a, quase em mãos, a Bellerín e Edwards. Subiu também muitas vezes à área e, numa delas, esteve muito perto de marcar, a cruzamento de Edwards.

Edwards

Foi o melhor em campo ao longo de toda a primeira parte. Diante de um Estoril bem fechado, o inglês foi improvisando espaços, desenhando caminhos e até esteve muito perto de abrir o marcador. Começou a jogar pela direita, por dentro, mas acabou por trocar com Bellerín, passando a jogar mais por fora. Arrancou um remate em arco que deu a ilusão de golo, cruzou com peso e medida para a cabeça de Paulinho e foi uma permanente dor de cabeça para Joãozinho.

Pote

Jogo discreto do avançado que, face ao castigo de Ugarte, voltou a jogar no meio-campo, desta vez ao lado de Morita. Teve menos protagonismo do que é habitual, cumpriu certamente  o que lhe foi pedido, mas sentiu mais dificuldades em criar desequilíbrios. Teve  is liberdade do que Morita, apareceu em várias zonas do campo, mas não foi definitivamente uma noite para Pote. Os protagonistas, desta vez, foram outros.