A figura: Téo Gutiérrez

Com cinco golos nos últimos três jogos, o colombiano não só mostra que está definitivamente de volta, como deixa a ideia de que é o elemento em melhor momento de forma, nesta altura. Com Slimani, João Mário e Bryan Ruiz bem anulados pelo Marítimo na primeira parte, Téo começou cedo a assumir as despesas do ataque leonino. Embora afortunado, o golo que deu vantagem ao Sporting, ao minuto 42, foi prémio justo para a exibição do camisola 19, que na segunda parte ainda ofereceu duas ocasiões soberanas a Aquilani e Matheus.

O momento: minuto 42

O primeiro golo leonino surgiu numa altura em que o Marítimo até estava melhor no encontro, obrigando até Rui Patrício a três intervenções quase seguidas. Para além do mais o remate de Téo foi feliz, na medida em que o desvio em João Diogo resultou em chapéu a Salin, lançando o Sporting para mais um triunfo.

Outros destaques:

João Mário

Primeira parte algo discreta, bem vigiado por Patrick e por Plessis (nos movimentos interiores), mas depois a assumir a influência habitual na etapa complementar. Não marcou, mas os dois golos leoninos da segunda parte resultam de remates seus. Um defendido por Salin mas aproveitado por William para a recarga, e o outro desviado em João Diogo mas aproveitado por Slimani.

Slimani

Esteve bem «amarrado» pela dupla Dirceu-Maurício, mas a verdade é que voltou a marcar. Contando com a seleção argelina, foi o quarto jogo consecutivo a marcar (seis golos nesse período). 23º golo na Liga, 27º na temporada, e voltou a evitar um cartão amarelo que implicaria um jogo de castigo.

Alex Soares

Raio de ação alargado, com rigor posicional em organização defensiva e passada larga na saída para o ataque. Lançou várias vezes os elementos mais adiantados com perigo, mas também perdeu algum fulgor na etapa complementar.

Edgar Costa

Começou o jogo na esquerda, mas quando trocou de flanco provocou muitas dores de cabeça a Bruno César. Aos 18 minutos fugiu ao lateral brasileiro para corresponder a um cruzamento de Patrick, mas tentou com o pé aquilo que parecia desenhado para a cabeça, e desperdiçou a ocasião. Na segunda parte apareceu estranhamente no lado esquerdo, de novo, mas Bruno César também saiu pouco depois.

Bruno César

Exibição desinspirada do brasileiro, uma vez mais adaptado a lateral esquerdo. Muitas dificuldades perante a velocidade de Edgar Costa e também desacerto com a bola no pé, tanto em zonas mais recuadas como no último terço. Pouco ou nada lhe saiu bem, acabando por sair no início da segunda parte. Em alguns momentos deixou a sensação de que podia ter algum problema físico, o que ajudaria a explicar a exibição menos conseguida.