Desp. Chaves-V. Guimarães, 0-1 (crónica)

Em fim de tarde de domingo, algo fria, como são os dias nesta altura do ano por terras flavienses, o Desportivo de Chaves perdeu na receção ao V. Guimarães. Um golo solitário de Davidson - no regresso a uma casa que foi sua nos últimos dois anos - confirmou o bom momento nos minhotos que igualaram à condição o Rio Ave no 5.º posto e agudizou a situação dos flavienses na tabela classificativa.

O histórico das duas equipas apresenta uma estatística algo atípica, especialmente quando nos referimos à equipa transmontana, nada habituada a ocupar os derradeiros lugares da tabela. Ao invés a equipa da cidade berço, aumentou para seis o número de jornadas que não perde, almejando, como é propósito habitual em todas as épocas, chegar a um lugar europeu. Ora, estes condicionalismos que a estatística nos fornece, seriam os ingredientes suficientes para que este jogo se tornasse interessante.

O início foi algo incaraterístico, com a bola a ser jogada predominantemente a meio campo, onde as equipas se empenharam num estudo mútuo. Enquanto isso, ambos os guarda redes eram meros espetadores, pois só aos 20 minutos se registou o primeiro remate à baliza, com o vimaranense Mattheus a atirar forte, mas a bola a sair ao lado. Respondeu o Chaves, aos 27 minutos, com Platiny a rematar forte, mas a permitir que o guardião Douglas encaixasse de forma perfeita o potente e bem colocado remate do dianteiro flaviense.

O jogo ganhava alguma vivacidade, com a equipa da cidade berço a mostrar maior clarividência na forma como tratava o esférico e como conduzia as suas ações ofensivas. Numa dessas subidas no terreno, surgiu o primeiro golo do encontro, sendo seu autor o ex-flaviense Davidson que atirou certeiro, a cruzamento de Sacko. O agora vimaranense, não festejou, gesto que foi aplaudido pelo público flaviense que acorreu em grande número ao estádio Eng.º Manuel Branco Teixeira. Aliás, em termos de assistência, o estádio registou perto de 6000 espetadores.

Filme e ficha de jogo

Tentaram ripostar os flavienses e o inconformismo foi logo manifestado por Paulinho que rematou certeiro, com conta, mas o guarda redes Douglas respondeu com excelente defesa. Mas o jogo pendia, em termos ofensivos para os lados do Guimarães que se acercavam com mais perigo junto das redes defendidas por Ricardo. Assim aconteceu aos 43 minutos, com Davidson a provocar estragos na defensiva flaviense, mas a bola acabou por sair por cima da trave.

O período complementar trouxe um Chaves renovado. Na verdade, a equipa pareceu ter vontade de dar um safanão no jogo, invertendo um resultado que era deveras penalizador. No entanto, foi o Vitória que se acercou da baliza contrária, aos 48 minutos com Tozé como protagonista a não dar o melhor seguimento a uma bola perdida por um defesa flaviense. Logo de seguida, aos 55 minutos novo lance de perigo na baliza do Chaves, com o segundo golo à vista, mas que Osório, acabou por falhar.

Reagiu o Chaves e aos 58 minutos, Marcão, com um pontapé que levava lume, mas que Douglas se opôs uma excelente defesa. Começava a despontar a equipa flaviense, puxada pelo público, mas entretanto, no outro lado estava uma equipa que, foi dando aqui e ali espaço ascendente ao Chaves, mas a sua bem escalonada defesa, ia adiando as intenções do Chaves. O técnico Daniel Ramos a quem só a vitória interessava, ou pelo menos a divisão pontual, face às incidências do jogo e com o ponteiro a caminhar para o fim, meteu toda a carne no assador, reforçando o ataque, mas sem surtir qualquer efeito.

O Vitória já havia tomado as necessárias cautelas defensivas com as alterações efetuadas, acabando por o resultado ficar inalterado, saindo vencedora a equipa que foi mais feliz e mais eficaz.