Um golo sofrido logo aos quatro minutos fez o Estádio D. Afonso Henriques vislumbrar os fantasmas dos últimos jogos, mas dois minutos de inspiração aliados a uma capacidade extrema para aproveitar erros do Famalicão devolveram o V. Guimarães aos triunfos (2-1) na noite deste domingo, em jogo da 25.ª jornada.

Depois de três jogos a perder, tendo sofrido seis golos nos últimos dois embates, os vimaranenses entraram em campo no oitavo lugar, muitos distantes dos lugares europeus. Conseguiram regressar aos triunfos com uma cambalhota no marcador, que permite ao conjunto de Pepa reocupar o sexto lugar da classificação.

Em crescendo, após três triunfos, o Famalicão entrou a vencer no jogo e abriu caminho para continuar nessa senda, mas acabou por claudicar, permitindo a reviravolta aos vimaranenses, que voltam a sorrir no dia seguinte após terem eleito um novo presidente.

Lei de Murphy assusta o D. Afonso Henriques

A lei de Murphy fez-se sentir no D. Afonso Henriques. Um Vitória vindo das tais três derrotas recebeu o Famalicão e logo aos quatro minutos encaixou um golo na sequência de um lance de bola parada. O livre de Pêpê Rodrigues é venenoso, um pequeno desvio de Miguel Maga foi suficiente para iludir Bruno Varela e fazer com que o Famalicão entrasse em campo praticamente a vencer.

Num plano antagónico ao da equipa da casa, em franca recuperação o Famalicão apresentou-se a jogo numa senda de três triunfos, tendo no golo madrugador a almofada de conforto para poder gerir o jogo de acordo com a sua conveniência.

Nervoso no jogo, agastado com as incidências, apesar do domínio territorial com bola, o conjunto de Pepa demorou a encontrar-se e a criar situações de perigo. Mérito também do Famalicão, que soube congelar o jogo e jogar com o ímpeto adversário. Festejou-se a meio da primeira parte com um golo anulado a Tiago Silva por fora de jogo de Estupiñán.

Cambalhota em dois minutos

Quando o fulgor da resposta já esfriava, já nos descontos da primeira metade, Estupiñán aproveitou um erro de Adrián Marín para levar o jogo empatado para o descanso. O jogador canhoto do Famalicão tentou atrasar com o peito para o guarda-redes, mas o atraso saiu demasiado curto e o colombiano antecipou-se e desviou para o fundo das redes.

No espaço temporal do jogo o Vitória precisou apenas de mais dois minutos para fazer o segundo e operar a cambalhota no marcador. Apesar de ter pelo meio o intervalo, aos 47 minutos a equipa de Pepa aproveitou um novo erro do setor mais recuado famalicense.

Luiz Júnior deu mal a bola, instalado no meio campo adversário o Vitória lançou-se rapidamente na ofensiva com vários homens, acabando a bola por chegar a Rochinha no lado esquerdo. O atacante iludiu um adversário antes de se enquadrar com a baliza e rematar certeiro.

Seguiu-se um período de jogo aberto, com as duas equipa as registar aproximações de perigo à baliza adversária. O Vitória pareceu querer empolgar-se com o segundo golo, mas o Famalicão equilibrou rapidamente os pratos da balança e a indefinição no resultado arrastou-se até ao minuto noventa.