Figura: André André
O motor do costume no meio campo do V.Guimarães. Peça essencial na manobra da equipa de Rui Vitória, coloriu a sua exibição com três golos. Não desperdiçou no frente a frente com Gottardi e transformou em golo a sexta grande penalidade da época. Fez o segundo da sua conta pessoal no jogo ao fazer o desvio vitorioso para o fundo das redes num lance em que a defesa do Nacional fez muitas cerimónias para tirar a bola da sua área. Na segunda parte, continuou o seu espetáculo ao assinar um «hat-trick». Já leva nove golos na presente temporada. Foi na loja do mestre André que o V.Guimarães adquiriu o passaporte para o pódio.

Momento: desbloqueio à bomba por Ricardo (38’)
Faltava futebol, sobrava encaixe tático e o cronómetro evoluía sem lances de perigo. O pontapé na monotonia saiu do pé direito de Ricardo, que depois de aguentar a carga dos homens do Nacional bateu Gottardi com estrondo. Remate forte de fora da área, ao ângulo superior direito da baliza do Nacional. Grande golo, a desbloquear o encontro. Seguiram-se mais dois no espaço de nove minutos.

Negativo: meio campo do Nacional inoperante
O setor intermediário do Nacional da Madeira sentiu a falta de Gomaa, que ficou fora das opções devido a castigo. Uma ausência de peso, a tornar o meio campo insular inoperante. Ao intervalo Manuel Machado trocou duas peças neste setor, deixando Boubacar e Edgar Abreu no banco de suplentes, fazendo entrar para os seus lugares Campos e Willyan, também com a intenção de espevitar a sua equipa. Alterações sem resultados práticos.

OUTROS DESTAQUES:

Ricardo
Estreou-se a marcar na equipa principal, depois de se mostrar no Campeonato Nacional de Seniores na época passada e já esta época na II Liga, ao serviço da equipa B do V.Guimarães. Aproveitou as baixas de Rui Vitória no setor mais adiantado para dizer que é opção. A bomba com que desbloqueou o encontro foi o lance de maior destaque numa exibição esforçada entre os centrais insulares.

Ali Ghazal
O médio egípcio do conjunto da ilha da Madeira foi dos poucos que não ruiu no meio campo, mantendo a postura. A pujança física é-lhe reconhecida e foi a sua força aliada ao critério na distribuição de jogo o maior destaque do Nacional da Madeira.

João Afonso e Josué
A dupla de centrais manteve-se um nível considerável no setor mais recuado de Rui Vitória, não concedendo espaços aos atacantes do Nacional. Não tiveram muito trabalho, é certo, mas não complicaram e arrumaram a casa sem problemas. O destaque estende-se a todo o setor defensivo do V.Guimarães.

Marco Matias
Regresso ao Estádio D. Afonso Henriques com uma exibição inglória. Lutou muito, tal como é seu apanágio, mas a verdade é que não teve uma prestação de encher o olho. Ainda assim foi um dos elementos que mais de destacou no ataque do Nacional da Madeira.