Aí vão cinco vitórias consecutivas do Benfica, agora com uma goleada no Bonfim (4-2) e uma demonstração de força da equipa de Rui Vitória que, perante a ausência de Gaitán, viu vários jogadores a crescer em campo, com destaque para as exibições de André Almeida [duas assistências], Lisandro López, Pizzi e Jonas, mas também de Djuiricic que entrou muito bem a meio da segunda parte e desenhou o quarto golo que matou definitivamente o jogo. O Vitória foi tentando reagir as espaços e ainda marcou dois golos, mas acabou por ser submergido, sem armas para contrariar a enorme pressão que o Benfica exerceu, sobretudo, no final da primeira parte.

Confira a FICHA DO JOGO
 
O jogo começou com forte intensidade, com o Benfica à procura de um golo madrugador, como tinha feito em Braga, mas a encontrar boa réplica do Vitória que, nos primeiros instantes do jogo, não se atemorizou com a entrada forte do adversário, com um sistema tático idêntico [4x4x2], ia respondendo na mesma moeda, com o «miúdo» André Horta muito ativo sobre a esquerda e Suk a tentar explorar os espaços que o Benfica abria na zona central. Um duelo intenso, mas que durou apenas alguns minutos.
 
A equipa de Rui Vitória, com Jonas a recuar para junto de Renato Sanches, entre Pizzi e Gonçalo Guedes, foi conseguindo empurrar o Vitória para o seu meio-campo, arrastando a linha defensiva do Benfica para território «inimigo» e prendendo a equipa sadina junto à sua área. Uma pressão em crescendo até o Vitória ficar sem espaço para respirar, com destaque para as iniciativas de Pizzi sobre a direita, com boas combinações com André Almeida e ainda com Renato Sanches e Jonas que caíam para o flanco para provocar desequilíbrios. Nesta altura, o Vitória já não conseguia sair a jogar, com Lisandro a abafar por completo Suk. O argentino até se pode queixar de uma amarelo que viu por uma simulação do sul-coreano das poucas vezes que o avançado conseguiu ganhar velocidade.
 
Foi mesmo pela direita que o Vitória caiu, numa lance desenhado e concluído por Pizzi que começou por abrir para André Almeida, sobre a linha e foi recuperar a bola já no interior da área. Depois foi magia. Tirou Fábio Pacheco da frente, em drible, e rematou. Ricardo ainda deu a sensação que ia defender, mas deixou escapar a bola que acabou por passar a linha fatal. Bola ao centro e o Benfica outra vez dentro da área do Vitória, já à procura do segundo. Nesta altura, a equipa de Quim Machado já não respirava e tentava apenas manter a bola longe da sua área. Sem sucesso, diga-se, porque o Benfica estendeu a pressão sobre a ala direita a toda a frente de ataque, com Gonçalo Guedes e Eliseu também a entrarem no jogo.


 
O segundo golo parecia apenas uma questão de minutos e foram apenas quatro. André Almeida, sobre a direita, cruza e Jonas, sem oposição [Frederico Venâncio a dormir], teve de se baixar para cabecear paras as redes vazias. Muito fácil. Segunda assistência de André Almeida que, no minuto seguinte, já carregava outra vez sobre a área sadina. O Benfica não tirava o pé do acelerador e o Vitória, de cabeça perdida, foi salvo pelo intervalo sem sofrer mais golos.
 
Quim Machado procurou recuperar a equipa ao intervalo, abdicando de Ruca para lançar Vasco Costa e o Vitória até voltou a entrar bem, com a ousadia que lhe é característica, mas também voltou a pagar caro por isso. Na sequência de um erro tremendo de Frederico Venâncio [noite para esquecer], Mitroglou ficou destacado diante de Ricardo, mas perdeu o tempo de remate. Não marcou desta vez, mas marcou logo a seguir, solicitado por um fantástico passe de Jonas a lançar o grego por entre os centrais. O jogo podia ter acabado aqui, mas o Vitória não baixou os braços e voltou a acreditar quando chegou ao golo quatro minutos depois de consentir o terceiro. Arrancada de André Horta, remate de Suk ao poste e Vasco, que tinha entrado ao intervalo, a atirar a contar. Um golo que galvanizou a equipa sadina que, por vários minutos, manteve o Benfica preso na sua área, com uma série infindável de cantos e mais uma oportunidade flagrante para o inconformado André Horta.

Até Djuricic entrou bem,,,
 
Rui Vitória refrescou, entretanto, a equipa, com a entrada do estreante Djuricic [não jogava desde maio de 2014] para o lugar do desgastado Jonas, mas foi o Vitória que continuou mais perto do segundo, com destaque para novo remate de Vasco às malhas laterais que iludiu as bancadas que gritaram «golo». Frederico Venâncio também atirou a rasar a barra, mas foi o Benfica que voltou a marcar, num rápido contra-ataque conduzido, em velocidade extrema por Djuricic que, já no interior da área, serviu Gonçalo Guedes que atirou contra Ricardo, antes de Mitroglou bisar, num remate de «bilhar», com a bola a bater no poste, em Ricardo e novamente no poste, antes de entrar, com o estádio a assistir ao movimento da bola em silêncio.
 
Agora sim, acabava definitivamente o jogo...não, ainda faltava o golo de Suk, a enganar Júlio César, com um toque subtil, a desviar um remate de Vasco Costa. Agora sim, acabou em 4-2 para o Benfica.
 
Quinta vitória consecutiva para a equipa de Rui Vitória desde o desaire diante do Sporting, outra vez com quatro golos, como no início desta série, em Aveiro, frente ao Tondela.

Confira ainda os destaques do jogo