Domingos Paciência conseguiu o primeiro trunfo como treinador do Vitória de Setúbal, frente ao Gil Vicente, na estreia a sentar-se no banco visitado do Bonfim. O jogo foi de fraca qualidade, mostrando que ambas as equipas têm um longo caminho a percorrer, tal como tinham indicado as derrotas na ronda inaugural, mas o trajeto do Gil tem mais buracos, pelo menos a avaliar pelos erros defensivos que ditaram os golos sadinos. E foi isso a fazer a diferença, acima de tudo, no que diz respeito à eficácia.

No único duelo entre equipas derrotadas na ronda inaugural registou-se uma reação bem distinta dos técnicos. Se Domingos fez três alterações no «onze», mas duas delas forçadas, já João de Deus mudou quase meia equipa (cinco elementos), e todos por opção.

Júnior Ponce, uma das novidades no «onze» sadino, mostrou irreverência logo ao segundo minuto, com uma arrancada concluída com um remate à malha lateral que ainda fez parte do Bonfim gritar golo.

O Vitória assumiu cedo o domínio do encontro, perante um Gil fragilizado na zona central do terreno, mas com a equipa sadina a mostrar também dificuldades para assumir o risco.

Perante a fraca qualidade do jogo, acabou por ser um erro de Vítor Gonçalves a lançar o Vitória para a vantagem, aos 21 minutos. Na sequência de um cruzamento de Ponce, na esquerda, o médio gilista cabeceou para onde estava virado e acabou por assistir Miguel Pedro, «escondido» nas costas da defesa visitante.

O Gil respondeu apenas a quatro minutos do descanso, com Diogo Valente e a tirar um daqueles cruzamentos seus para Marwan, que em vez de cabecear de primeira quis dominar de peito e acabou depois por ser travado pela mancha de Raeder.

A melhoria gilista até novo buraco

Em dia de estreia o avançado egípcio voltou a mostrar desinspiração no início da segunda parte, ao atirar à figura de Raeder, após belo passe de Caetano (48m).

O pequeno camisola 10 do Gil Vicente foi lançado ao intervalo, tal como Luís Silva (Hassan e Vítor Gonçalves ficaram no balneário), e o rendimento da equipa evidenciou logo melhorias.

A entrada posterior de Diogo Viana também mexeu com o jogo, e o camisola 7, para além de ter esgotado as últimas energias de Hélder Cabral, ainda assustou Raeder com um remate à trave (68m).

Ineficaz, o Gil Vicente voltou depois a cometer um erro crasso, entregando o triunfo ao Vitória. Enza-Yamissi permitiu que Forbes rodasse para a baliza e depois travou o avançado sadino, cok João Schmidt a fazer o segundo golo da equipa da casa através de um penálti frio e «sem espinhas».