Mário Santos, chefe da missão olímpica portuguesas aos Jogos Olímpicos de Londres, critica no seu relatório a falta de uma estratégia global na preparação dos atletas e defende que os resultados obtidos ficaram acima dos «níveis de prática desportiva e investimento».

«Apesar de termos um Financiamento público centralizado, infraestruturas públicas para o Alto Rendimento, infraestruturas de apoio médico e de controlo de treino, as soluções encontradas não resultam de uma organização que potencie essas estruturas, mas apenas de iniciativas isoladas, sejam das Federações, de clubes, técnicos ou atletas», defende o responsável pela comitiva nacional, num relatório citado pela Lusa e que será apresentado esta quinta-feira à Comissão Executiva do Comité Olímpico de Portugal.

Mário Santos contesta também a ausência de objetivos quantificáveis no contrato-programa assinado com o Governo para o ciclo olímpico que terminou em 2012, o que na sua opinião «impede um exercício de avaliação claro e inequívoco».

A preparação olímpica representou um investimento de 15 milhões de euros e Portugal trouxe de Londres uma medalha de prata, na caonagem, mais nove diplomas (posições do oitavo lugar para cima).