Lucílio Baptista, árbitro da final da Taça da Liga, entre Sporting e Benfica, explicou neste domingo a decisão tomada na marcação da grande penalidade poir alegada mão na bola de Pedro Silva. O juiz lamenta o erro e garante que não está satisfeito com o desfecho do encontro.
«Não, não tive um domingo fantástico, não seria pessoa séria se dissesse que tive. estou aqui para assumir o erro. Há um erro, foi uma análise mal feita. O que vi ontem foi um jogador, o Di Maria, passar a bola por cima do jogador Pedro Silva. Há um movimento do braço e do ângulo onde estou fico com a certeza que a bola foi desviada com braço», começa por dizer, à SIC.
O árbitro foi mais longe. «É falso que o árbitro assistente tenha dito que não houve grande penalidade. Pedi a ajuda dele e ele diz-me que não viu. Entretanto, recebo a indicação do segundo auxiliar, que está do outro lado e vê o lance da mesma forma que eu. Ele confirma-me que é grande penalidade», explica Lucílio Baptista, referindo-se ao auxiliar Pais António.
«Não tenho nenhum meio auxiliar naquele momento, vejo a bola a desviar e fico com a certeza de que teria sido com o braço. Vi a gravação durante a noite, já no hotel. Como é óbvio, fiquei muito chateado. Nessa altura, já tinha escrito o relatório. O relatório é secreto», lembra.
Lucílio Baptista não viu Paulo Bento fazer o gesto de roubo com a mão, falando ainda sobre o encosto de peito de Pedro Silva logo após a sua expulsão. «Não vi a situação do Paulo Bento, as imagens de que se falam. Isso transcende-me. Não me apercebi da gravidade da atitude do Pedro Silva, mas está referida no relatório. Nós preparámos os jogos de forma a não errar, mas infelizmente existem sempre erros. Não existe ninguém invencível», conclui.