Luís Guilherme, presidente do Conselho de Arbitragem, comentou o trabalho de Hélio Santos no quente Estoril-Benfica, saindo em defesa do juiz. Considera que a sua prestação «foi a arbitragem possível num jogo muito difícil de dirigir» por causa do barulho de fundo em torno da mudança de estádio: «Foram criados ambientes antes do jogo começar que indiciaram que as coisas não seriam fáceis. O árbitro, face a estas situações, fez uma arbitragem positiva».
O presidente do Conselho de Arbitragem também desvalorizou o episódio das botas emprestadas pelo Benfica ao árbitro para que este pudesse desenvolver o seu trabalho. «As chuteiras não são um problema, isso acontece muitas vezes», sublinhou Luís Guilherme, que até deu alguns exemplos: «Quando um árbitro se lesiona ou quando tem um imprevisto, porque a arbitragem não tem staff técnico, médico e roupeiro, tem de recorrer à equipa visitada, que é quem tem mais possibilidades de dar apoio. Mas quando não é possível tem de pedir à equipa visitante. Foi o que fez o árbitro e é um problema normal».
Tudo porque as botas de Hélio Santos não estavam em condições de serem utilizadas durante o Estoril-Benfica. Como o próprio explica ao jornal «O Jogo»: «Quando as estava a calçar, reparei que estavam a deslocar-se». Sendo assim, o árbitro teve de pedir umas botas emprestadas ao Estoril, cuja resposta foi negativa face à falta de meios técnicos provocados pelo jogo se realizar no Estádio do Algarve e não na Amoreira. Por isso, teve de recorrer ao staff do Benfica. «Não vejo motivo para existir nenhum problema», sublinhou Luís Guilherme.